Bienal do Livro de São Paulo esgota venda de ingressos


09/07/2022


A Bienal do Livro de São Paulo suspendeu a venda de ingressos para sua 26° edição. Com corredores cheios durante toda a semana e superlotação no primeiro fim de semana da feira, os organizadores decidiram não vender mais ingressos para a noite de sexta, 8, nem no fim de semana. As vendas foram encerradas às 17h.

Todas as pessoas que já compraram antecipadamente e as que têm direito à gratuidade podem visitar a feira normalmente neste fim de semana. Não pagam: professores, profissionais do livro, crianças menores de 12 anos, adultos maiores de 60 e detentores da credencial plena do Sesc.

A Bienal funciona das 10h às 22h, no Expo Center Norte.Este ano, por causa de agenda do local do evento, a Bienal está sendo realizada no início das férias de julho, o que justifica o grande público durante todos os dias.

Ainda são esperadas 100 mil pessoas neste fim de semana, que compraram o ingresso antecipadamente e não o usaram.

“A 26ª Bienal Internacional do Livro de São é um grande sucesso de público. Todos estavam ansiosos pelo retorno presencial do evento e o reflexo disso foi que a dois dias do término da Bienal os ingressos esgotaram. A diversidade das 1.500 horas de programação, os 3 milhões de livros disponíveis, os 182 expositores e quase 500 selos editoriais, vêm atraindo e encantado os visitantes de todos os gostos e idades”, disse Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro, organizadora do evento.

Depoimento da  jornalista, escritora, editora, mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo, Simone Paulino, postado nas redes sociais:

“É a primeira vez na história que tanta gente quer ir a um lugar onde se vende e se fala basicamente de LIVROS. Se isso não é um sinal de que há sim luz no fim desse túnel do culto à ignorância, não sei o que seja. Estive na Bienal praticamente todos os dias. Nunca vi nada parecido. Sim, há uma preponderância de estudantes e adolescentes barulhentos em busca de best-sellers e livros comerciais impulsionados por tik-tokers. Mas não só. Vi Tom Zé sendo abraçado nos corredores. Itamar Vieira tratado como ídolo. Valter Hugo Mãe falar para 400 pessoas. Os saraus da periferia lotados de participantes. Gonçalo M. Tavares conversando com uma plateia de fãs aficcionados por sua literatura altamente erudita. Adriana Calcanhoto lendo Mario de Sá Carneiro para espectadores embevecidos. Matilde Campilho falando de sua poesia para um estande lotado e atento. Sim, livros salvam.”

Viva o Livro!