Álbum “Coisas guardadas para te dar” celebra Luiz Carlos da Vila, por Claudio Jorge e Augusto Martins


21/10/2024


Luiz Carlos Baptista é o nome de batismo do cidadão carioca nascido em Ramos, zona norte do Rio de Janeiro, em 1949. Luiz Carlos da Vila é a entidade da música brasileira cuja alcunha foi delimitada por sua vivência na também suburbana circunvizinhança da Vila da Penha.

Augusto Martins, voz e pandeiro, e Cláudio Jorge, voz e violão, são amigos de vida, de estúdio, em 2015 gravaram um projeto devotado a Ismael Silva e também de palco.

Inspiração para esse trabalho composto, exclusivamente, por inéditas, o título “Coisas guardadas para te dar” tem origem nos versos da canção “Eterna alegoria”, parceria entre LCV e Cláudio Jorge.

“Coisas guardadas para te dar” está nas plataformas digitais.

“Coisas guardadas para te dar” resulta do garimpo de canções junto a Maiana Baptista, filha do compositor e sua fiel escudeira. LCV sempre compunha com lápis e papel e Maiana as digitava para o computador.

Em 2024, Luis Carlos da Vila (falecido em 2008) completaria 75 anos de vida.

Viva Luiz Carlos da Vila!

Serviço

23/10, quarta-feira, 19h
Teatro Rival Petrobras

REPERTÓRIO e INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

É possível destacar na espinha dorsal do show, as parcerias “Sem meio, sem fim” (com Wanderley Monteiro) e “No meio da ponte” (com o paulistano Celso Viáfora), que integram um duplo single que foi lançado no final de julho.

Merece imensa celebração a gravação de “Outras Bandas” (Luiz Carlos da Vila), música que abre o álbum e permitiu que o homenageado cantasse com a dupla a partir de áudio enviado por Luiz a Augusto anos atrás.

A edição dessa gravação, via Inteligência Artificial, isolou e equalizou a voz do compositor de forma precisa para depois ser envolta e se somar a arranjos de instrumentos e voz.

Os protocolos técnicos para empreitada foram realizados no Estúdio Vale da Tijuca, onde todo álbum foi gravado e mixado.

Também estão entre as inéditas do espetáculo, duas parcerias de Cláudio Jorge e LCV presentes no álbum: “Eu vim pra te amar” e “Eterna alegoria”.

Ao longo da carreira de Augusto, somam-se 10 álbuns que também tiveram outras nobres participações como João Donato (de quem se tornou parceiro junto com Moacyr Luz em “Flor da trovoada”) e Ivan Lins.

Por sua vez, Cláudio Jorge (que em novembro de 2024 completa inacreditáveis 75 anos), ganhou em 2020, nada mais, nada menos, que o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba, com “Samba jazz, de raiz”. Além desse petardo, mais oito trabalhos encorpam o currículo desse artista que há décadas é músico de estúdio e palco, entre outros, de Martinho da Vila.