07/12/2023
Foto: Aguinaldo Ramos
A ABI participou do lançamento da programação da 13ª Mostra Cinema e Direitos Humanos pelo ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, na quarta-feira (6), no Cine Arte UFF, em Niterói (RJ). A Mostra homenageia o cineasta Silvio Tendler, que apresentou um trecho do documentário inédito Exílio e memória. O ministro também anunciou a publicação do edital Prêmio Luiz Gama de Direitos Humanos, ao fazer um balanço das ações do governo e dizer que a luta pela democracia tem que ser diária.
“Trabalhamos em quatro eixos: educação, comunicação, proteção e promoção da vida, e cidadania. Essa Mostra é importante por divulgar direitos e dar voz a quem precisa ser ouvido. O espaço da memória é onde se projeta o futuro. Nosso papel é fazer uma política do imaginário. E a arte é fundamental para a construção do imaginário. A arte indica o que um país pode ser e o que ele não quer mais ser. Nisso, o cinema é fundamental para a humanização. O que está em jogo é a definição do que é humano e o que não é”, disse o ministro.
Interrompida nos últimos quatro anos, a Mostra chega à 13ª edição com produção do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF) e realizada pelos Ministérios da Cultura (MinC) e dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). O reitor da UFF, Antônio Cláudio da Nóbrega, participou da abertura ao lado do ministro, da secretária do Audiovisual do MinC, Joelma Gonzaga, da secretária executiva do MDHC, Rita Cristina de Oliveira, e da assessora especial em Educação e Cultura em Direitos Humanos do MDHC, Letícia Cesarino.
Além da divulgação do edital do Prêmio Luiz Gama, a cerimônia teve o lançamento de um selo comemorativo em homenagem ao escritor, jornalista e jurista defensor dos escravizados. A superintendente dos Correios no Rio de Janeiro, Clarissa Mazzon, apresentou o selo, inspirado no poema Coleirinho, de Gama, retratado ao lado de dois pássaros representando a liberdade, enfatizando também a importância da filatelia como prática e divulgação cultural.
O encontro foi encerrado com a exibição de um trecho do ainda inédito documentário Exílio e memória, filmado por Silvio Tendler, em setembro, no Chile, 50 anos depois do golpe que derrubou o governo de Salvador Allende. Para Tendler, a memória precisa ser preservada e revisitada:
“É importante quando o ministro Silvio Almeida fala do golpe de 1964 no Brasil e da democracia. Tenho documentado as lutas e os sonhos interrompidos. Hoje quero agradecer, porque estou muito feliz em ser homenageado nesta Mostra, que acompanho desde que foi criada.”A programação da 13ª Mostra Cinema e Direitos Humanos começa este mês com oficinas gratuitas para professores e segue até março de 2024, quando acontecerão exibições de filmes, nas capitais e no interior do país, informa a coordenadora geral, Índia Mara Martins, professora do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF.