02/02/2010
A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) publicou nesta terça-feira, dia 2, um relatório sobre as mortes de jornalistas no exercício da profissão em 2009. Segundo Aidan White, Secretário-Geral da IFJ, o documento apresenta informações fundamentais para a categoria.
—O estudo vai além de um simples registro sobre o número de mortes de jornalistas pois revela os perigos que continuam a ceifar as vidas de nossos colegas nos quatro cantos do mundo.
De acordo a IFJ, no ano de 2009 foram registrados números recordes de violência contra profissionais de imprensa, totalizando 139 jornalistas mortos.
A região Ásia-Pacífico é a recordista com 52 assassinatos, seguida pelas Américas com 30 mortes, sendo 13 apenas no México.
No relatório a IFJ adverte para a possibilidade de aumento dos níveis de violência em lugares como a Somália e o México:
—O fracasso dos governos em levar a sério o tema da proteção dos profissionais de imprensa acaba favorecendo aqueles que praticam os crimes. Esta situação só poderá ser resolvida através de um firme compromisso para acabar com a impunidade para os assassinos de jornalistas, afirmou White.
O agravamento da situação no México também foi apontado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), nesta segunda-feira, dia 1º. Segundo a RSF, a região é a mais perigosa da América Latina para o exercício do Jornalismo.
De acordo com a entidade, apenas no primeiro mês de 2010 foram mortos três jornalistas no México. Desde 2000, 61 profissionais de imprensa foram assassinados e outros nove estão desaparecidos desde 2003.
O caso mais recente ocorreu nesta sexta-feira, 29, quando Jorge Ochoa Martínez, Diretor e editor do jornal El Sol de La Costa, foi morto a tiros na cidade de Ayutla de los Libres, em Guerrero. Parentes do jornalista não descartam a hipótese do crime estar relacionado ao jornalismo.
—As recentes ameaças contra jornalistas não provocam a mobilização das autoridades, em algumas ocasiões envolvidas nesses crimes, sublinhou a RSF.
*Com informações da RSF e IFJ