08/07/2008
Em pronunciamento na Primeira Câmara do Tribunal de Contas da União, de que é Presidente, o Ministro Marcos Vinícios Vilaça prestou homenagem ao jornalista Carlos Castelo Branco, morto há 15 anos e que “faz falta na análise da vida política e administrativa do País”. A manifestação de Vilaça foi aprovada por unanimidade pela Primeira Câmara, integrada pelos Ministros Valmir Campelo, Guilherme Palmeira e Augusto Nardes e pelo Auditor Marcos Bemquerer Costa.
Comunicado à ABI pelo Subsecretário da Primeira Câmara, Francisco Costa de Almeida, o pronunciamento do Ministro Marcos Vilaça, que é membro da Academia Brasileira de Letras, tem o seguinte teor:
“Carlos Castelo Branco, no seu esplendoroso período de jornalismo e de comentarista político, deu valor e registrou a expressão administrativa do Tribunal de Contas. Esse conhecimento das atividades do TCU naturalmente que decorriam, em grande parte, do fato de que sua esposa, Élvia Castelo Branco, foi a primeira mulher a ocupar um lugar de Ministro de Tribunal Superior. Foi também a primeira mulher Presidente de um Tribunal Superior.
A Ministra Élvia era uma pessoa muito divertida. Com seu jeito extrovertido e na disponibilidade de idéias, fazia-se presente no cumprimento do serviço público.
Élvia deixou aqui uma marca de coragem, verticalidade e de integração com as diversas categorias do Tribunal, fosse com o Plenário, com o quadro técnico ou com o Ministério Público. Uma pessoa realmente notável, tão notável como foi seu marido.
Agora que transcorre o 15° aniversário do desaparecimento de Carlos Castelo Branco, a gente sente a falta que ele faz na análise da vida política e administrativa do País.
Carlos Castelo Branco foi, no meu modo de ver, o maior cronista político do Brasil no século XX.
Gostaria de ter o acompanhamento do Plenário e do Ministério Público no registro desta data e, se os senhores Ministros estiverem de acordo, a Secretaria dará conhecimento à família de Carlos Castelo Branco, à sua única filha Luciana, à Associação Brasileira de Imprensa, à Academia Brasileira de Letras e ao Jornal do Brasil, onde teve um papel tão marcante que criou uma coluna. A sua crônica diária chamada de ‘A coluna do Castelo’. Sabia-se o que era importante quando o assunto era abordado pelo Castelo em sua coluna. Deu no ‘Castelo’ significava a reafirmação de valores democráticos.”