Por Cláudia Souza*
13/08/2013
Parlamentares afirmaram, nesta terça-feira, dia 13, que vão pedir a anulação da sessão realizada na última sexta-feira, dia 9, que elegeu Chiquinho Brazão (PMDB) como presidente da CPI e Professor Uóston (PMDB) como relator. A primeira reunião de trabalho da CPI dos Ônibus, que estava marcada para esta terça-feira, foi cancelada.
Eliomar Coelho(PSOL), Reimont (PT), Paulo Pinheiro (PSOL), Renato Cinco (PSOL), Brizola Neto (PSOL), Márcio Garcia (PR), Teresa Bergher(PSDB) e Jefferson Moura (PSOL) pretendem encaminhar uma proposta de mudança de regimento interno para que as comissões passem a ser presididas pelos seus proponentes e compostas apenas pelos que assinaram a favor da CPI. Membros da CPI não assinaram a favor da criação da comissão.
O grupo de oposição também pretende modificar os artigos 381 e 382 do regimento interno que libera a entrada de populares na Câmara, mas sem se manifestar sob o risco de serem retirados.
Os vereadores argumentaram que não houve garantia de participação popular na sessão da última sexta-feira, já que a votação foi encerrada quando o público ainda entrava no legislativo. Além disso, a sessão não foi convocada por Eliomar Coelho na condição de membro mais idoso, mas dos demais vereadores que integram a CPI, que são da base governista.
Um ofício será encaminhado para Felipe Santa Cruz, presidente da OAB-RJ, e ao procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira, que terá um encontro com os vereadores às 19h30 desta terça.
Abertura da sessão
Pouco depois das 14h, teve início a primeira sessão da Câmara de Vereadores, após a ocupação da Casa. Os trabalhos foram abertos por oito vereadores.
Os cerca de 10 manifestantes que ainda ocupam a Câmara Municipal deixaram a área do plenário e se posicionaram nas galerias da casa.
Em frente ao Palácio Pedro Ernesto dezenas de pessoas apoiam os protestos, que terminaram em tumulto com a polícia na noite desta terça-feira. Os confrontos prosseguiram em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, onde o vice-governador Luiz Fernando Pezão estava reunido com representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe). Após o encontro, professores insatisfeitos com o resultado da reunião se recusaram a sair do local. Eles foram expulsos pela Polícia Militar e seguranças. Nesse momento, os manifestantes que vinham do Centro se exaltaram. A PM respondeu usando spray de pimenta, balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Os manifestantes responderam com bombas caseiras e pedras.
Pelo menos um PM e um jornalista ficaram feridos, atingidos por pedradas. Vários manifestantes foram atendidos por médicos voluntários. Pelo menos duas pessoas foram detidas.
Infiltrados entre os manifestantes que vinham do Centro, vândalos depredaram estabelecimentos comerciais e equipamentos urbanos nos bairros de Laranjeiras e Catete.
O Sindicato dos Professores nega a decisão de ocupar o Palácio Guanabara. A ideia, afirma o Sepe, teria partido de alguns professores que não consultaram os representantes da categoria.
*Com informações do G1 e O Globo.