25/05/2017
A violência contra jornalistas no México está tornando-se uma preocupação mundial. A ponto de um grupo de 39 veículos de comunicação de vários países assinarem um manifesto pedindo o fim da violência contra jornalistas nesse país.
O Globo publicou que o documento denuncia uma ofensiva que já custou a vida de pelo menos cinco jornalistas apenas neste ano, enquanto outro profissional da imprensa está desaparecido desde a semana passada. O texto, intitulado “Basta Já”, pede que o governo mexicano garanta o direito à informação e a segurança dos comunicadores.
“Como profissionais da informação, denunciamos a ofensiva assassina que sofreram membros da nossa comunidade no exercício da sua tarefa de investigar e difundir atividades da criminalidade, incluindo crimes de drogas no México”, diz o pronunciamento, assinado, sobretudo, por jornais de língua hispânica.
O documento diz que os veículos se comprometem a realizar encontros para tomar decisões em acordo frente às ameaças e os ataques sofridos por jornalistas.
“Hoje no México a impunidade, a corrupção e, em especial, o crime organizado, colocaram em risco um trabalho fundamental à sociedade”, diz o texto.
O documento foi assinado por jornais mexicanos, como “El Universal”, “La Jornada”, “Milenio” e “Reforma”, além de televisões como a “TV Azteca” e rádios como “Fórmula” e “Radio Centro”.
Além do GLOBO, fazem parte da iniciativa as publicações estrangeiras “El País”, da Espanha; “El Tiempo”, da Colômbia; “El Nacional”, da Venezuela; “El Comercio”, do Peru; “El Mercurio”, do Chile e “La Prensa Gráfica”, de El Salvador.
Os últimos comunicadores assassinados no México foram Javier Valdez, Cecilio Pineda, Ricardo Monlui, Miroslava Breach e Maximino Rodríguez. Todas as mortes aconteceram neste ano.
Enquanto isso, o jornalista Salvador Adame, dono de uma televisão de Michoacán, foi sequestrado por homens armados. O seu paradeiro não é conhecido até agora. E Filiberto Álvarez, que fazia um programa de rádio sobre poesia no estado de Morelos, foi assassinado em abril. Ainda não está claro se o crime esteve vinculado ao seu trabalho na imprensa ou não.