A Suprema Corte Britânica rejeitou por unanimidade nesta quinta-feira, dia 14, o pedido de revisão da extradição do jornalista Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, para a Suécia, onde ele é acusado de crimes de agressão sexual, incluindo estupro. A denúncia foi feita por duas mulheres em Estocolmo.
Com esta decisão, o processo encerrou nos tribunais britânicos, ficando a extradição prevista para daqui a 14 dias.
Contudo, os advogados de defesa do jornalista podem apelar para Corte Europeia de Direitos Humanos(CEDH), em Estrasburgo, na França. Caso o recurso seja aceito, a extradição será suspensa.
Em 30 de maio último, a Suprema Corte Britânica aprovou por cinco votos a sete a extradição de Assange, mas a defesa solicitou e conseguiu o adiamento da sentença por 14 dias para pedir a reabertura do caso.
Antes da Suprema Corte britânica, o tribunal de primeira instância e o Tribunal Superior de Londres já haviam autorizado a extradição.
Apesar de ter admitido ter tido relações sexuais consentidas com as duas denunciantes durante uma estadia em Estocolmo, o australiano afirma que as acusações têm motivação política em represália pela divulgação no site WikiLeaks de milhares de documentos diplomáticos americanos confidenciais.
Assange cumpre prisão domiciliar em Londres desde 2010.
*Com Terra, O Globo, Último Segundo.