O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) anunciou a criação de um manual contendo orientação para que todos os seus integrantes saibam como se relacionar com a mídia. As “dicas” estarão no “Guia prático de relacionamento magistratura e imprensa”, desenvolvido pela Comissão de Imprensa e Comunicação do TJ-SP, que é composta pelos Desembargadores Marco Antônio Marques da Silva e Décio de Moura Notarangeli.
De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o Presidente do TJ-SP, Desembargador Antonio Carlos Viana Santos, considera que o “Guia”, além de facilitar o diálogo com a mídia, é fundamental para outros aspectos que vão além do ambiente jurídico:
— Não só fundamental, como estratégico, um permanente canal de comunicação junto aos órgãos de imprensa para divulgação de fatos retirados de julgados que possuam relevância social, econômica, política ou jurídica, declarou Antonio Carlos Viana Santos.
O Presidente do TJ-SP falou também sobre outros benefícios que serão alcançados com a criação do “Guia”:
— Temos excelentes magistrados e servidores e precisamos dar visibilidade ao trabalho realizado, afirmou o Desembargador.
Segundo o Desembargador Antonio Santos, o “Guia prático de relacionamento magistratura e imprensa” não é um instrumento para o Tribunal ditar regras aos magistrados paulistas:
— Ele foi elaborado para orientar sobre a importância de se divulgar decisões de interesse público e ações positivas realizadas pelo Judiciário, objetivando sempre o benefício do jurisdicionado do Poder Judiciário e da imprensa, afirmou.
Recentemente, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais também divulgou o lançamento do seu “Guia Mídia do Judiciário”. Conforme foi divulgado no site do TJ-MG, o órgão considera que o relacionamento do Judiciário com a imprensa “é um canal permanente e de mão dupla que deve ser pautado pelo respeito, confiança e credibilidade”.
Mas o texto alerta que para se chegar a uma convivência construtiva é preciso conhecer um pouco a natureza e as especificidades dos veículos de mídia, “bem como o modo de trabalho, o papel e as funções de cada um dos agentes desse processo de comunicação”.
De acordo com o site do TJ-MG, a proposta do órgão “é mostrar um pouco sobre esse ‘outro lado’, de forma a permitir um bom relacionamento com os profissionais de jornalismo e um melhor aproveitamento das oportunidades de posicionamento do Judiciário através da mídia”.