Por Claudia Sanches
20/05/2016
Segundo a Folha de S.Paulo, na noite da última quarta-feira (18/5), dois fotógrafos e um repórter cinematográfico foram atacados pela Polícia Militar (PM). Desta vez, as agressões ocorreram durante a cobertura de um protesto de estudantes na região central de São Paulo.
A Polícia Militar de São Paulo disse que foi preciso usar a força quando um grupo de mascarados passou a arremessar pedras e rojões, mas que vai apurar o caso em relação aos jornalistas.
Os profissionais da imprensa foram atingidos enquanto registravam imagens da ação policial contra os manifestantes. Gabriela Biló, do O Estado de S.Paulo, conta que tentava fotografar o momento em que, cercado por um cordão de PMs, um estudante era preso. “Corri para fotografar e, quando me aproximei o cordão se dispersou para afastar os manifestantes. A polícia bateu em todo mundo que estava em volta. Fiquei encurralada em uma esquina. Foi quando um policial gritou `vaza, vaza`, e tentou agarrar minha câmera. Continuei fotografando e ele disse `conheço você` e espirrou o spray diretamente no meu rosto”.
Outra vítima foi repórter cinematográfico Marcelo Campos, que recebeu um golpe de cassetete quando filmava a ação dos policiais, que batiam em estudantes que tentavam fugir correndo. Lucas Almeida, da agência Futura Press, também foi agredido. “Os policiais começaram a agredir todo mundo a esmo, incluindo a imprensa. Jogaram spray de pimenta no meu rosto e eu corri. O mesmo PM que lançou o spray correu atrás de mim e bateu com o cassetete na mochila, trincando a tela do meu notebook. Muitos estudantes foram espancados”.
O secretário de segurança pública Mágino Alves Barbosa filho determinou que a Corregedoria da PM apure as denúncias de violência contra jornalistas.