21/11/2016
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo publicou que uma assembleia nacional reunindo cerca de 300 funcionários da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), nas quatro praças da empresa – Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão – decidiu, na última sexta-feira (18), marcar uma greve para a próxima quinta-feira (24), para obrigar a abertura de negociações e o atendimento das reivindicações.
A data base dos trabalhadores da EBC é 1º de novembro. Segundo o sindicato, a direção da EBC, reformulada sob decisão do governo de Michel Temer (PMDB), suspendeu as negociações, alegando que a Contcop (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicação e Publicidade) não estava querendo vir para a mesa de negociações. Em seguida, entrou com dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST), apresentando um projeto de novo Acordo Coletivo que corta boa parte dos direitos dos trabalhadores, e concede 4,5% de reajuste para este ano.
O site do sindicato acrescenta que, nos últimos anos, mesmo com a Contcop assinando formalmente o Acordo Coletivo, além dos sindicatos de jornalistas e radialistas, foram as entidades de base que organizaram, mobilizaram e negociaram
efetivamente pelos trabalhadores. Agora, a ausência da Contcop se mostra apenas como um pretexto para a direção da EBC tentar atacar os direitos trabalhistas.
Na próxima quarta-feira (23), véspera da greve, uma nova assembleia nacional vai avaliar o andamento das negociações e decidir sobre o movimento. Até lá, nas diversas praças, há o trabalho de discussão com cada jornalista e radialista
esclarecendo sobre o movimento e preparando as condições para que, na quinta-feira (24), a greve seja ampla e atinja todos os setores da empresa.