26/02/2016
O Tribunal de Justiça do Ceará negou nesta quarta-feira (24) habeas corpus a Francisco Pereira da Silva, acusado de pagar pelo assassinato do radialista Gleydson Carvalho, morto a tiros quando apresentava um programa na Rádio Liberdade FM, em agosto de 2015. Segundo o G1, Francisco Pereira da Silva, apontado como um dos financiadores do crime,foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificulte a defesa da vítima) e organização criminosa armada. Ao pedir a liberdade dele, a defesa argumentou falta de fundamentação na decreto da prisão.
O relator do processo, desembargador Mário Parente Teófilo Neto, destacou que a prisão de Silva “está devidamente fundamentada” na garantia da ordem pública, “as circunstâncias do fato comprovam a especial gravidade do delito atribuído ao acusado e seus comparsas, revelando sua periculosidade ao meio social”. Sua soltura implica na seguranças das testemunhas.
Segundo o Ministério Público do Ceará, o crime foi motivado por críticas políticas que o radialista fazia em seu programa. O órgão denunciou sete pessoas por envolvimento no planejamento e morte do profissional.
De acordo com a Polícia Militar, dois homens chegaram à rádio dizendo que queriam fazer um anúncio, logo em seguida, renderam a recepcionista. Eles invadiram o estúdio onde Gleydson apresentava um programa, dispararam contra o radialista e fugiram.
Segundo testemunhas, na hora do homicídio, a transmissão estava com programação musical. A vítima chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Deputado Murilo Aguiar, mas morreu no caminho. Gleydson Carvalho era conhecido na cidade por ser apresentador de um programa que faz denúncias contra políticos da região.
Informações: G1