Por Claudia Sanches*
19/08/2015
O “The New York Times” (NYT) já contabiliza um milhão de assinaturas digitais pagas. Este marco histórico foi atingido em Julho último, quatro anos e meio depois do lançamento do serviço. Só no segundo trimestre deste ano, conseguiu angariar mais de 30 mil novos assinantes. O jornal regista ainda mais de um milhão de assinantes do formato em papel, que por essa via podem aceder à versão digital.
É um resultado que pode dar um novo rumo na discussão em torno das novas formas de jornalismo através das plataformas digitais.
Segundo o diretor executivo do jornal Mark Thompson a chegada ao milhão de subscritores “é um aspeto que se sobrepõe face às outras publicações” e que “é um tributo ao trabalho intensivo da redação e da estratégia de marketing adotada pelo jornal”.
As receitas oriundas do número de assinantes e dos anúncios da edição online do NYT vieram contrabalançar as perdas nas receitas publicitárias da edição impressa. Relativamente ao segundo trimestre deste ano, o jornal americano conseguiu aumentar as suas receitas em 80% face a igual período do ano passado. Qualquer coisa como 14 milhões de dólares a mais relativamente a 2014.
Apesar dos números apresentados, ainda é muito cedo para o jornalismo em geral e o NYT, em particular, poderem respirar de alívio. O caso do jornal nova iorquino é singular por se tratar de um dos órgãos de imprensa de maior dimensão em todo o mundo. Por este motivo, a “Fortune” alerta para o fato de “ser muito difícil replicar a fórmula de sucesso do New York Times em publicações de menor porte“. O jornal continua a enfrentar a perda de sua fonte de receita mais tradicional: os anúncios em mídia impressa.
*Fonte: “Folha de S.Paulo”