De pronto, foi informado de que a presença da PM não era bem-vinda e que não houve, por parte de nenhuma das entidades promotoras do ato, pedido de segurança. O PM depois de fotografar o cartaz do ato e colher os dados da presidente do Sindicato, Alessandra Mello, se retirou. Mas na sequência, um homem descaracterizado, que o sindicato suspeita ser um P2 (policial do setor de inteligência que anda à paisana), passou a fotografar e filmar o ato do lado de fora. Abordado pelos participantes sobre os motivos da filmagem e se ele era PM, o homem alegou ser motorista de Uber. Além da PM, a Guarda Municipal apareceu sob alegação de ter recebido uma denúncia.
Essa não é a primeira vez que a PM aparece em atos na sede. A presença ostensiva da PM na porta da entidade é frequente, mas dentro da sede, foi a primeira vez. No ato de desagravo ao ambientalista Apolo Heringer, processado por tecer críticas a mineração, em maio, a PM acompanhou o ato estacionada na porta do sindicato com o giroflex ligado.
A realização de atos e manifestações políticas é um direito garantido pela Constituição Federal em seu artigo quinto e não há nenhuma necessidade de autorização ou licença prévia para que sejam realizados, principalmente dentro de locais privados, como a sede do Sindicato dos Jornalistas. A Carta Magna também garante o direito à liberdade de expressão e pensamento.
O SJPMG quer saber do comando da Polícia Militar e do governador Romeu Zema (Novo) se eles concordam com esse tipo de tentativa de intimidação.