Jornalista e ativista sírio é libertado depois de mais de 3 anos e cinco meses


Por Claudia Sanches*

11/08/2015


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Em protesto contra a violência na Sìria, manifestantes seguram cartaz com foto do ativista Mazen (Foto: Reprodução)

O jornalista e defensor dos direitos humanos na Síria Mazen Darwish foi libertado nesta segunda-feira (10/8) pelas autoridades de seu país, depois de passar mais de três anos preso, anunciou o Centro Sírio para os Meios de Comunicação e a Liberdade de Expressão (CSMCLE).

Em comunicado, a ONG informou que Mazen foi libertado em aplicação do indulto presidencial de 19 de julho. No entanto, seu julgamento por supostos atos terroristas continuará e ele terá que comparecer aos tribunais no próximo dia 30.

A organização lamentou que o caso de Darwish não tivesse entrado em uma anistia anterior decretada pelo presidente sírio, Bashar al Assad, que o teria absolvido de qualquer acusação. Mesmo assim, o CSMCLE comemorou a liberdade de seu fundador, que foi detido em 16 de fevereiro de 2012 durante uma ação dos serviços de inteligência em seu escritório na capital síria, Damasco. A ONG voltou a pedir que as autoridades do país libertem imediatamente todos os presos de consciência.

Neste ano, Darwish foi agraciado com o Prêmio Mundial de Liberdade de Imprensa Guillermo Calo da Unesco, cujo júri reconheceu sua trajetória de mais de uma década “com grande sacrifício pessoal”, na qual sofreu assédio, contínuas detenções e torturas, assim como proibições de viagem. Além de ser fundador e presidente do CSMCLE, ele é um dos criadores do jornal “Voice” e do site independente “syriaview”, bloqueado pelas autoridades sírias.

*Fonte:  R7 e G1