Por Kika Santos *
27/08/2014
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), apresentou um levantamento que indica que ao menos 69 jornalistas foram mortos no conflito na Síria desde 2011. O país é o mais perigoso do mundo para atividades de profissionais de imprensa, de acordo com a entidade, diante dos números. Com esse número, a entidade classificou o país como o mais perigoso do mundo para profissionais da imprensa.
Ainda segundo o levantamento, os jornalistas que mais sofrem são os freelancers. Correspondentes oficiais de grandes veículos costumam ter treinamento para ambientes hostis e equipamento de segurança, o que falta aos independentes.
Um dos motivos apontados pelo Comitê é a natureza ideológica do conflito na Síria, em que os jornalistas são vistos, muitas vezes, como “inimigos” ou “porta-vozes do Ocidente”. Das 69 mortes, a maioria foi vítima de fogo cruzado ou de explosões. Ao menos seis, porém, foram executados deliberadamente, de acordo com informações da BBC.
O CPJ contabiliza ainda mais de 80 jornalistas sequestrados desde 2011 e ao menos 20 desaparecidos. Com esses dados é possível supor que o número de mortes seja ainda maior. A dificuldade para conseguir informações precisas é o principal obstáculo, diz a entidade.