A rede de TV Al Jazeera informou nesta quarta-feira, dia 11, que a jornalista Dorothy Parvaz, detida há 12 dias na Síria, foi transferida para o Irã. Ela foi presa no último dia 29, no Aeroporto de Damasco, ao chegar ao país para cobrir as manifestações civis contra o Governo sírio.
“Estamos ligando para receber informações das autoridades iranianas sobre Dorothy, e para pressionar para sua imediata libertação. Nós não mantivemos contato dela, desde 29 de abril, que ela saiu de Doha, no Qatar, onde se localiza a sede da Al Jazeera. Estamos profundamente preocupados com seu bem estar”, afirmou a emissora em nota, nesta quarta-feira, 11.
O Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) denunciou que pelo menos cinco jornalistas estão presos na Síria. Cerca de 20 profissionais de imprensa já foram detidos e torturados desde março último, quando se intensificaram os protestos contra o Governo.
Segundo o CPJ, Fayiz Sara, colaborador dos veículos árabes Al-Haya e As-Safir, foi preso em 11 de abril. Mohamed Zayd Mastou, correspondente da Al-Arabiya, foi preso em 6 de abril. Akram Darwish, fotógrafo frelancer, foi preso em Qamishli, no nordeste da Síria.
De acordo com a United Press International (União da Imprensa Internacional, em livre tradução), Ghassan Saoud, colaborador do libanês
Al-Akhbar e do
Al-Qabas, do Kuait, foi preso na última sexta-feira, 6, em Damasco, mas já foi libertado. Ghadi Frances, jornalista do diário libanês
As-Safir, foi detido em Damasco neste sábado, 7.
*Com agências internacionais.