Por Cláudia Souza*
10/04/2015
O veículo iniciou o corte de funcionários na última quinta-feira, dia 9, sobretudo no jornal “Agora São Paulo”, que pertence ao Grupo Folha. A empresa alega que a queda da verba publicitária seria a causa da previsão de corte de 50 trabalhadores.
Procurada por representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), a empresa jornalística admitiu a dispensa dos jornalistas, mas negou a execução de um projeto de demissão em massa.
O presidente do SJSP, José Augusto Camargo (Guto) protestou contra as dispensas e disse temer que a atual onda de demissões represente uma estratégia das empresas antes da entrada em vigor do Projeto de Lei 4330, que permite a terceirização de atividade-fim:
— As empresas de comunicação já praticam uma espécie de terceirização. Com a nova lei, as portas ficam abertas para ampliar a precarização. Caso as demissões em massa aconteçam de fato, é importante que os trabalhadores procurem o sindicato, para que possamos definir estratégias de luta, como as que também estão ocorrendo neste momento no “Estadão”. Somos contra as demissões e o enxugamento das redações, que várias empresas buscam fazer objetivando apenas a ampliação da rentabilidade, em detrimento da qualidade do trabalho jornalístico.
Mudanças estruturais
Além da diminuição do número de funcionários, a “Folha” pretende implementar mudanças estruturais no jornal. Todos os suplementos deverão ser descontinuados e incorporados a outros cadernos, com exceção de Turismo. Os suplementos poderão manter páginas em seus respectivos dias, contudo produzidas por uma editoria unificada que agregaria os repórteres não demitidos.
*Com informações do SJSP