Por Igor Waltz*
30/07/2014
O Sindicato de Jornalistas Palestinos denunciou nesta terça-feira, 29 de julho, que quatro comunicadores palestinos morreram nos bombardeios israelenses sobre a Faixa de Gaza e pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) a abertura de uma investigação sobre os fatos. Nesta quarta-feira, dia 30, mais um jornalista morreu em decorrência das ofensivas militares à região.
De acordo com a BBC, um jornalista local identificado como Rami Rayan também morreu no ataque. Segundo fontes palestinas, vários moradores da faixa tinham aproveitado a trégua humanitária de 4 horas anunciada por Israel para fazer compras, e o mercado estava movimentado no momento do ataque.
O sindicato palestino lamentou, por meio de um comunicado, as mortes e criticou o ataque sobre centros de imprensa em Gaza, especialmente escritórios de meios de comunicação vinculados ao movimento islamita Hamas. A entidade solicitou à ONU o envio de uma missão de investigação para “questionar os horríveis crimes que Israel cometeu contra os jornalistas na Faixa de Gaza”.
Esta terça-feira foi qualificada como o dia mais sangrento desde o início da ofensiva israelense sobre Gaza, há quase um mês, com cerca de 100 pessoas mortas e outras 500 feridas nos intensos ataques.
Segundo testemunhas e fontes da polícia palestina, durante a intensificação dos ataques, a aviação israelense atingiu hoje a sede da emissora de rádio do Hamas, “Al-Aqsa”, que ficou destruída, assim como instalações da televisão de mesmo nome, e um centro que abriga produtoras.
Na semana passada, o edifício que abriga rede de TV Al Jazeera e os escritórios da agência de notícias americana Associated Press (AP) também foi atacado, mas ninguém ficou ferido.
*Com informações da EFE, UOL e Portal Imprensa.