15/07/2022
Caminhada + Ato pela Vida
Neste sábado, na capital paulista, os Caminhadores e Corredores por Lula Presidente fazem percurso do Vale do Anhangabaú à Catedral da Sé onde será realizado o Ato interreligioso em memória do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips assassinados no Vale do Javari, na Amazônia, com a presença das viúvas de ambos. A caminhada sai às 9 horas da concentração em frente ao prédio dos Correios do Anhangabaú. O Ato interreligioso, que também é em defesa dos povos indígenas, está previsto para começar às 10h.
Que os Orixás abençoem
Em Salvador, de previsão de fim de semana de tempo instável, mas com sol, um bom passeio é visitar as esculturas dos Orixás que flutuam nas águas do Dique do Tororó, espaço público na zona urbana da capital baiana. São oito peças em resina de poliéster e fibra de vidro de 8, 5 metros de altura, cada, sob base de concreto de 2 metros, representando Xangô, Oxalá, Oxum, Ogum, Oxóssi, Iemanjá, Nanã e Iansã, que à noite recebem iluminação cênica. As imagens são obra do artista plástico Tatti Moreno, que também assina os trabalhos da Praça dos Orixás, às margens do Lago Paranoá, em Brasília, e dos jardins da Estação Tucuruvi do Metrô paulistano. Tatti faleceu essa semana, aos 77 anos, de causa não divulgada.
O cientista social Alexandre San Góes lembra que os orixás e o Dique significam a história da cultura afro-brasileira:_ “Ainda hoje, você vê várias manifestações, como oferendas a divindades, porque ali é a bacia de Oxum”, explica. A antropóloga Naira Gomes, uma das fundadoras da Marcha do Empoderamento Crespo, pratica o ritual:_ “Os espaços de água doce são sagrados. Meu orixá representa água doce, que lava, que fertiliza, sem a qual a gente não vive. Para mim, o Dique é muito importante, já coloquei muito ebó ali. Gosto de agradecer, de pedir coragem e me fortalecer”. Tororó é derivado da palavra indígena tupi ‘Tororoma’ que quer dizer ‘jorro’.
Parabéns para nós
O Teatro Municipal do Rio de Janeiro está comemorando 113 anos com presente para o público. Depois dessa quinta-feira de dia inteiro de portas abertas com apresentações grátis, começa hoje a temporada da opera Don Giovanni, encenada pela última vez no palco do Municipal há 31 anos. Don Giovanni, de Mozart, história de um sujeito abusivo, incapaz de se preocupar com o sofrimento alheio e pronto a destruir quem atravesse seu caminho, segue atualíssima. Uma hora antes de cada espetáculo tem palestra sobre a ópera no salão Assyrio do teatro, já incluída no preço. Ingressos entre R$20,00 e R$80,00. Dias 16, 20, 22 de julho, às 19h, e dia 24 às 17h. Todos com acessibilidade em Libras. Metrô Cinelândia.
Cinemão
O Rio de Janeiro de Ho Chi Minh, em exibição nacional, ficção e realidade se misturam nessa história real levada à tela com livre licença ficcional sobre a amizade entre o cozinheiro brasileiro Sebastião Luiz dos Santos, de apelido Faca Cega, e o líder vietnamita Ho Chi Minh. Apesar de baseada em consistente pesquisa histórica, a diretora Cláudia Mattos convida a audiência a compartilhar a imaginação narrada por Luiz Pilar, neto de Faca Cega. De fato, o negro Sebastião dos Santos participou da Revolta da Chibata em 1910 e, na década seguinte, Ho Chi Minh morou e trabalhou no mesmo restaurante no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Ho Chi Minh, o organizador da luta que enfrentou por dezesseis anos a brutal ofensiva estadunidense sobre o território do Vietnã, e saiu vitorioso desse embate contra o imperialismo que ficou conhecido como Guerra do Vietnã, era tripulante de um navio cargueiro e teve de desembarcar na cidade por ter adoecido. Quanto a Faca Cega ter sido o responsável pela conversão do amigo ao comunismo, aí, por enquanto, há controvérsias. Mas, quem sabe?
Mostra no MAM
Histórias urbanas. A cidade como inspiração, motivo e imaginação, é a mostra que começa hoje na cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O programa, que estreou em Zurique no início de 2020, oferece uma ampla visão da videoarte atual e tradicional da Suíça, em diálogo com artistas brasileiros.
Na sessão desta sexta-feira, quatro realizadores brasileiros e 21 suíços exibem 33 vídeos sobre cidades da Europa, Brasil, África do Sul e Ásia, todos na perspectiva em que o ambiente urbano é pano de fundo para a criação artística. Das 16h30 às 22h, no auditório Cosme Alves Netto. A Cinemateca fica na Avenida Infante Dom Henrique,85, Parque do Flamengo.
Mais detalhes sobre a programação e o trailer da sessão podem ser acessadas aqui