“Se eu nascesse 100 vezes, seria jornalista 100 vezes”


23/10/2020


10° e último episódio:

“Se eu nascesse 100 vezes,

seria jornalista 100 vezes”

A frase-título do jornalista Fernando Moraes é só uma fração da emoção embutida neste último episódio da série, apresentada pela ABI, pelo Instituto Vladimir Herzog e dirigida pelo jornalista Ricardo Carvalho.

Portanto, prepare o seu coração para rir e para se emocionar com as histórias narradas pelos protagonistas desta história: José Maria Rabêlo, Franklin Martins, Duarte Pereira, Ricardo Maranhão, Juca Kfouri, Raimundo Pereira, Paulo Moreira Leite, Anivaldo Padilha, Carlos Azevedo, Olívia e Bernardo Joffily, Aguinaldo Silva, Elson Martins, Marco Antonio Coelho, João Quartim, Ana Arruda Callado.

O resuminho de algumas dessas histórias.

Ziraldo conta a reação do general Juarez, destacado para censurar o Pasquim. Ele recebia Ivan Lessa na praia e disse um dia: “Lessa, estas piadas estão uma bosta… eu vou tirar, porque estão muito ruis e vou mandar outras anedotas para vocês”.

Franklin Martins narra o perrengue que passou quando o avião em que estava rumo a Lima, no Peru, saindo da Europa, foi obrigado a parar nos Estados Unidos e ele, Franklin, com passaporte falso e proibido de entrar no território americano por ter participado do sequestro do embaixador Elbrick. Quem o salvou foi a sua própria imaginação e uma peruana chamada Dolores…

Marco Antonio Coelho colocou uma pedra no sapato para mudar o jeito de andar e dificultar a vida dos seus perseguidores.

O carcereiro que queria ser escritor ajudou Aguinaldo Silva a ser localizado na Ilha das Flores.

No Acre, Elson Martins conta que a equipe do Varadouro nunca conseguiu devolver o dinheiro que o bispo Moacir Grecchi havia emprestado para viabilizar um dos números do jornal.

Os olhos marejados e a emoção de algumas frases dos protagonistas.

Anivaldo Padilha: “eu me emociono ao perceber que fiz parte de uma geração que não se calou diante da tirania”.

Paulo Moreira Leite: “é difícil fazer a coisa certa, no momento certo. Quando você faz, é legal”.

Alipio Freire: “a gente só consegue fazer o que está colocado com alternativa pela história”.

E mais. O encerramento deste último episódio acaba amarrando a emoção destas histórias, ao exibir a imagem de todos os protagonistas, com Gonzaguinha cantando “faria tudo outra vez, se preciso fosse…”

 

por Ricardo Carvalho, diretor da ABI em São Paulo