México lidera em execuções de jornalistas em 2017


06/07/2017


A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) alertou o presidente do México, Enrique Peña Nieto, que seu país se converteu no “mais mortífero do mundo para os jornalistas”, com pelo menos sete assassinados até o momento neste ano. A informação é da agência Télam.

Em uma carta divulgada durante a visita de Peña Nieto a Paris – onde será recebido pelo presidente francês, Emmanuel Macron –, o secretário geral da RSF, Christophe Deloire, destacou que “o México se converteu este ano no país mais mortífero do mundo para os jornalistas e se coloca à frente da Síria, país oficialmente em guerra”.

Relatório diz que 57 jornalistas morreram em 2016

Deloire detalhou que, dos sete jornalistas assassinados no México desde 1º de janeiro, em quatro casos não há “nenhuma dúvida” de que a morte está relacionada ao exercício da profissão: Javier Váldez Cárdenas, Maximino Rodríguez Palacios, Cecilio Pineda Birto e Miroslava Breach Veducea.

Acrescentou, ainda, que se o motivo dos crimes contra Ricardo Monlui, Filiberto Álvares Landeros e Salvador Adame Pardo não foi esclarecido, se deve à “falta de transparência das autoridades encarregadas das investigações e pela corrupção local”, segundo a agência EFE.

“Esta situação de violência é ainda mais inaceitável e indigna para um país democrático”, porque, segundo o secretário geral, “não começou ontem” e já foram contabilizados mais de 100 assassinatos de comunicadores no México desde 2000 e pelo menos uma dezena só no ano passado.

Além disso, continuam há muitos anos os sequestros, agressões e desaparições de profissionais da informação, segundo a RSF, que atribui esta violência ao fato de que “a impunidade é infelizmente a regra” e à conivência entre o crime organizado e “certas autoridades políticas e administrativas”.

Fonte: EBC