Mais de 600 jornalistas foram mobilizados para fazer a cobertura do Rock In Rio 4, considerado o maior festival de música e entretenimento do mundo. Do total de profissionais credenciados, 115 trabalham para veículos estrangeiros. Os dados foram fornecidos pela assessoria de imprensa do evento.
O número de jornalistas trabalhando nesta quarta edição do Rock In Rio quase se compara ao da realização do festival em Lisboa, em 2004 e em 2006, que atraiu mais de 700 jornalistas. Em 2008, o Rock In Rio foi realizado simultaneamente em Lisboa e Madrid, quando 800 jornalistas trabalharam na cobertura do megaevento musical.
Para facilitar o trabalho dessa grande quantidade de profissionais, foi montada uma infra-estrutura na Cidade do Rock, na Barra da Tijuca, composta por uma sala com 90 lugares, instalação de 35 computadores com disponibilidade de rede Wi-Fi. O local possui o dobro do tamanho das instalações que abrigaram os jornalistas que trabalharam em Portugal e Madrid. Os profissionais também terão direito à alimentação.
Fábio Dobbs, editor de cultura do jornal O Dia, disse que o veículo credenciou 18 repórteres para a cobertura do Rock In Rio 4. Ele também falou sobre o que considera essencial para o jornalista estar atento a tudo que acontece em um evento deste porte:
— Há uma imensidade de pautas, várias coisas acontecendo ao mesmo tempo. A sensação é de que sempre falta gente pra cobrir, por mais que se ponha alguém lá. Mas nessas horas o jornalista também tem que contar um pouco com a sorte, de encontrar uma boa pauta, um bom personagem, alguma coisa além do que os outros veículos vão trazer. O repórter tem que estar ligado o tempo todo, afirmou o editor.
Der acordo com o editor, a cobertura do Dia priorizará os shows e a movimentação no entorno dos palcos. Em seu terceiro Rock In Rio, Fábio comenta as diferenças entre os outros festivais que cobriu e a edição deste ano:
— Neste ano, a organização é maior, o público também é maior, e no momento que vivemos hoje, a informação não pára nunca. E por mais que a gente se planeje, sempre tem algum imprevisto, disse Fábio Dobbs.
Em meio ao grande número de jornalistas que já estão acostumados a cobrir um megaevento como o Rock In Rio 4, há exemplos de profissionais como Iury Tavares, repórter da rádio Band News FM, que falou sobre a sua expectativa em trabalhar pela primeira vez na cobertura do festival:
— A expectativa é sempre a de muito trabalho. Já passei por outras coberturas grandes, cansativas, mas sempre com aprendizados, e acredito que não será diferente desta vez. A responsabilidade é grande pela importância histórica do Rock In Rio, e pelo o que representa para a música no Brasil. Vai ser estressante, cansativo, mas sei que no final eu só irei lembrar os bons momentos, declarou o repórter.
Iury informou também o foco do seu trabalho na Band News não serão as atrações artísticas, mas a prestação de serviços, a movimentação e outras informações de interesse do público sobre o festival.
Investimento
Desde o seu lançamento em 1985 o Rock In Rio já reuniu mais de cinco milhões de pessoas e 656 bandas. Somente na primeira edição foram mais de um milhão de pessoas em dez dias de festival, com as maiores bandas de rock da época.
Além da indústria musical, outros setores também são beneficiados com a realização de um evento da magnitude do Rock In Rio. A economia da cidade também colhe os frutos de uma movimentação turística maior, como aconteceu na última edição realizada no Rio, quando o município faturou uma receita no valor de 350 milhões de dólares, de acordo com a Secretaria de Turismo da Cidade do Rio de Janeiro.
A expectativa é que o Rock In Rio 4 atraia um faturamento de mais de 650 milhões de dólares, contando os cerca de 52 pontos turísticos, que irão gerar mais de dez mil empregos durante o evento, direta e indiretamente.
A abertura do festival aconteceu nesta sexta-feira, 23, e a programação segue nos dias 24, 25, 29 e 30 de setembro; e nas datas de 1º e 2 de outubro, no Parque Olímpico Cidade do Rock, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.