Repórter do El Mundo consegue deixar a Síria


01/03/2012


O jornalista espanhol Javier Spinosa, do jornal El Mundo, foi resgatado na Síria na noite desta quarta-feira, 29, e seguiu para o Líbano. Spinoza é um dos jornalistas que ocupavam um dos abrigos bombardeados no último dia 22, no bairro Baba Amr, na cidade de Homs, que está sob o cerco das forças leais ao ditador Bashar Al-Assad. No ataque foram mortos a jornalista norte-americana Marie Colvin, repórter do Sunday Times, e o fotógrafo francês Remi Ochlik, da agência IP3 Press, e ficaram feridos a repórter francesa Edith Bouvier e o fotógrafo britânico Paul Conrov.
 
No dia seguinte ao bombardeio, Bouvier, que está com o fêmur fraturado, e Conrov postaram vídeos no Youtube pedindo trégua nos ataques para deixarem o país em busca de atendimento médico.
 
Opositores ao Governo sírio e membros do Exército Livre da Síria teriam participado do resgate de Conroy e auxiliado no seu deslocamento para o Líbano, na noite desta segunda-feira, 27. Não há informações precisas sobre o paradeiro de Edith Bouvier e do fotógrafo francês William Daniels.
 
Risco
 
O embaixador espanhol no Líbano, Juan Carlos Gafo disse que recebeu Javier Spinosa em Beirute, capital libanesa, que está “muito bem” de saúde e que chegou a relatar “os horrores que viveu” em Homs.
 
A mulher de Javier Espinosa, a também jornalista Mónica Prieto, pediu cautela aos noticiários em suas informações, alegando que a operação de resgate dos jornalistas poderia ser colocada em risco.
 
Devido aos conflitos armados entre opositores e forças leais a Bashar Al-Assad, a chefe para ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas(ONU), Valerie Amos, disse que a Síria negou diversos pedidos para a entrada de observadores e profissionais de ajuda humanitária.
 
Segundo estimativa da ONU, 7,5 mil pessoas morreram, mais de 100 mil estão desabrigadas e 25 mil estão refugiadas em países que fazem fronteira com a Síria, desde o início dos conflitos, em março de 2011.
 
*Com Reuters e EFE