Reportagem revela  conduta condenável em plano de saúde


19/10/2021


Por Paulo Carneiro,  jornalista, membro da Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI.

O estudo para analisar a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, não obedeceu às normas exigidas para pesquisas semelhantes em todo o mundo e resultou na morte de pacientes em hospitais do plano de saúde em São Paulo. A pesquisa, elogiada pelo Governo Federal para tentar diminuir a importância da vacinação, foi realizada sem a autorização da instancia competente para aprovar pesquisas, o CONEP. As denúncias foram reveladas na CPI do Senado que investiga o caso.
O repórter Guilherme Balza revelou ainda a pressão que os profissionais de saúde, contratados pela Prevent sofreram para indicar os medicamentos que ficaram conhecidos como “kits Covid” e até mesmo para retirar dos prontuários dos pacientes, a CID – Classificação Internacional de Doenças que indicava a internação por Covid. Após a divulgação da reportagem, surgiram novas denúncias sobre casos semelhantes em outras instituições.
Atualmente, o Brasil é o segundo maior mercado de planos de saúde, superado apenas pelos EUA, e 26% da população brasileira está vinculada a este sistema, através de cooperativas, medicinas de grupos, seguradoras. e sistemas de autogestão. Um mercado que envolve vários interesses e movimenta um volume de recursos superior ao do orçamento do Ministério da Saúde.

SOS Repórter no dia 20, às 17hs no canal da ABI no YouTube: bit.ly/3uZn84f .