04/05/2023
Por Xico Teixeira, conselheiro da ABI
Conselheiro Xico Teixeira, Melissa Cannabrava (Voz das Comunidades), Hélio Euclides (Maré de Notícias), David Amen (Instituto Raízes), Emerson Menezes (Radio Se aliga Salgueiro), Renata Dutra (Portal Favelas), Simone Lopes Ribero (Grupo ECO)
No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, um grupo de profissionais da comunicação em favelas e periferia se reuniu na sede da ABI para iniciar o debate sobre a criação do Núcleo de Comunicação Popular e Comunitária da centenária entidade dos jornalistas. A reunião foi na quarta-feira (3) e teve a participação do conselheiro da ABI, Xico Teixeira, e de profissionais da comunicação do Complexo do Alemão, Morro Santa Marta, Complexo da Maré, Morro do Salgueiro e do Portal favelas.
Outros representantes de mídias populares foram chamados e justificaram a ausência destacando a importância da iniciativa e colocando-se à disposição para colaborar na construção deste núcleo na centenária entidade dos jornalistas. O objetivo é reunir o maior número possível de profissionais deste setor para um debate sobre o contexto em que estamos e traçar atividades comuns. O núcleo tem o apoio do Conselho Deliberativo, do Presidente da entidade e dos diretores da ABI que acreditam na criação deste grupo como forma de reconhecer e dar visibilidade a estes profissionais, muitas vezes invisíveis, que trabalham a comunicação direta com o povo.
Outros associados também se engajaram neste movimento, como é o caso do conselheiro Wellington Frazão, do grupo Periferia em Foco, de Bélem (PA), e de outros profissionais que na véspera estiveram reunidos com Xico Teixeira e a também conselheira Leda Beck, em São Paulo, para manifestar apoio à ideia de criação do núcleo. Estas participações são importantes para posicionar a ABI no contexto atual da comunicação e aproximar a entidade deste numeroso segmento presente em todo o país.
Seguindo a orientação da atual gestão da ABI, de ocupar espaços além do Rio de Janeiro, a intenção do núcleo que está sendo gestado é ter representantes da comunicação comunitária e popular nos principais estados brasileiros. E o resultado deste primeiro encontro revela um desejo comum de agregar forças que sejam dos profissionais que estão na ponta da linha, no contato direto com os moradores, como também de entidades e instituições que trabalhem o tema indiretamente como é o caso de parlamentares identificados com a comunicação. Também outras entidades paralelas, como a Defensoria Pública nos Estados, a partir do exemplo muito positivo da Ouvidoria do Estado do Rio de Janeiro, que tem a frente o ouvidor Guilherme Pimentel.
Os próximos passos do núcleo na ABI será ampliar os contatos e produzir propostas de ações como visita aos locais onde funcionam estas plataformas de mídia, buscar recursos para realização de seminários, fóruns e oficinas de capacitação para os profissionais de favelas e periferias.