A polícia do Maranhão prendeu na quarta-feira, 25 de abril, Fábio Roberto Cavalcante Lima, um dos suspeitos de envolvimento no assassinato do jornalista Décio Sá. De acordo com as investigações, ele seria um dos três homens que ajudaram na fuga do atirador e assassino.
Os policiais chegaram até Fábio por meio de informações do Disque-Denúncias. Cinco testemunhas já foram interrogadas, três que estariam no bar e duas que estavam do lado de fora e viram a fuga. Os policiais agora tentam identificar a arma do crime. Há informações de que outra pessoa teria sido presa com Fábio e está sendo investigada.
Décio Sá foi morto na noite do dia 23 de abril. Na manhã do dia seguinte um e-mail foi repassado à redação do jornal maranhense O Imparcial dando informações sobre o paradeiro do assassino do jornalista. Imediatamente o e-mail, cuja íntegra reproduzimos no final da matéria, foi repassado para o Disque-Denúncia.
Ao tomar conhecimento do assassinato de Décio Sá, a Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, fez contato com a ABI, para convidar a entidade a participar de um encontro com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para debater formas de coibir a violência contra jornalistas e acabar com a impunidade desses crimes.
Carta
Na manhã desta quinta-feira, 26 de abril, a irmã do jornalista Décio Sá, Vilenir Sá, fez contato com os jornais para divulgar uma carta de sua autoria, relatando sua indignação e revolta com o assassinato do irmão.
No documento, Vilenir Sá diz que Décio foi um homem corajoso, que combatia o que achava ser errado. “Décio Sá, HOMEM DE CORAGEM, que aprendeu na sua infância o respeito, a igualdade, a fé… está morto, porque relatou o que precisava ser banido de uma sociedade democrática”, escreveu ela em um trecho da carta.
“Décio Sá acreditou e lutou por tudo que aprendeu na família, na escola, na universidade e na vida”, afirma Vilenir acrescentando que “não deseja que o irmão seja lembrado como mais um que deu a vida por um ideal, mas como alguém que ajudou na defesa da democracia”.
Para Vilenir o assassinato de Décio Sá não atingiu apenas a classe jornalística, é um crime que atingiu a sociedade de maneira geral. Ela pede que as autoridades se empenhem na resolução do caso, para que não fique impune. O Ministério da Justiça determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações, que estão sob a coordenação da Secretaria de Segurança Pública do estado do Maranhão.
Vilenir Sá mandou confeccionar mil camisas com a foto de Décio, que serão usadas durante a missa de 7º dia pela morte do jornalista, que será realizada no dia 29 de abril, às 10h, na Igreja da Sé, localizada na Praça Dom Pedro II, centro de São Luís.
Veja a íntegra do e-mail enviado à redação do jornal O Imparcial.
“A quadrilha que assassinou o jornalista na litorania esta localizada na piranmide end. Uma rua apos o posto piranmide entrando a direita segue ate o fim do asfalto quando acabar o asfalto pegue a direita e depois a esquerda uma casa de canto ao lado direito nome. Vadenio jose da silva o mandante com seus compassas, val, que ja tem varios assassinatos e homicidios ja esteve preso, fabio tambem tem varios homicidios e um tal de venho que tambem tem varios homicidios o cabeça é valdenio jose da silva de pernambuco que ja praticou varios assaltos e homicidios. Todos ja estiveram presos inclusive o cabeça que é procurado em varis estados.”
* Com informações de O Estado do Maranhão e O Imparcial.