Pesar pela morte de Hebe Camargo


30/09/2012


A ABI manifestou seu pesar pelo passamento da apresentadora de televisão Hebe Camargo, que  morreu no sábado, dia 29 de setembro, e foi  sepultada no começo da manhã deste domingo, dia 30, no Cemitério Gethsemani, na capital paulista, diante de cerca de l.500 pessoas, que acompanharam emocionadas o féretro pelas ruas do bairro Morumbi, onde ela morava, até o local do sepultamento, no mesmo bairro. O velório foi realizado no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo, desde o começo da noite de sábado, onde seu corpo recebeu homenagens de milhares de pessoas comuns e de inúmeras personalidades, entre as quais o cantor Roberto Carlos, seu amigo. O esquife foi conduzido até o sepultamento sobre um veículo de Corpo de Bombeiros.
 
Hebe, de 83 anos e que há dois anos fora operada de um câncer no
peritônio, trabalhou até há cerca de um mês na RedeTV! e se afastara das câmeras diante do agravamento da doença. Dias antes de seu falecimento ela assinara contrato com a a emissora SBT, na qual trabalhara durante 25 anos. Entre os presentes ao seu sepultamento estava o apresentador Sílvio Santos, Presidente do SBT.
 
Considerada a “rainha da televisão brasileira”, como a mais destacada personalidade feminina da tv do País, Hebe marcou presença na televisão desde o surgimento desta no Brasil,  em setembro de 1950. Até então cantora e atriz, Hebe foi convidada a cantar o “Hino da Televisão” na cerimônia de inauguração do canal pioneiro,  a TV Tupi de São Paujo, mas problemas de ordem pessoal a impediram de comparecer ao ato, presidido pelo jornalista Assis Chateaubriand, criador e diretor dos Diários Associados  e da TV Tupi. Numa entrevista ao Programa Jô Soares durante as celebrações dos 60 anos da introdução da televisão no País,
a que compareceu com as atrizes Nair Belo e Lolita Rodrigues, Hebe disse que “felizmente”, não pôde cantar o tal hino, que “era uma coisa horrível”.
Com sua ausência o hino foi interpretado por Lolita Rodrigues, que o cantou a pedido de Jô, diante de sonoras gargalhadas de Hebe e Nair Belo.
 
Todas as emissoras da televisção aberta dedicaram grande parte de sua programação de sábado e domingo  à reprodução de momentos da carreira de Hebe e a depoimentos sobre sua trajetória profissional. Um dos programas reapresentados foi a entrevista que ela concedeu em 18 de julho de 1987 ao programa Roda Viva da TV Cultura de São Paulo,  na qual  respondeu a perguntas de vários jornalistas, entre os quais Augusto Nunes, então âncora do programa, Boris Casoy, Giba Um, Ruy Castro, José Carlos Paladino e Otávio Mesquita. Na resposta à última pergunta, Hebe fez,  emocionada,entre lágrimas,  longo monólogo sobre a sua vida profissional e expôs suas opiniões pessoais. Deixou claro, então,  sua consciência de que, além do entretenimento, tinha a obrigação de se manifestar em seu programa,  sem qualquer engajamento partidário,  em favor da melhoria das condições de vida das pessoas comuns, que a seu ver deveriam receber mais atenções dos poderes públicos.     
 
Em nota oficial, a Presidente Dilma Rousseff  expressou seu pesar pelo falecimento de Hebe.