O deputado estadual Raimundo Cutrim(PSD-MA), ex-secretário de Segurança Pública do Estado do Maranhão, foi apontado como o mandante do assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá, no depoimento do pistoleiro Jhonathan Silva, acusado de ser o executor do repórter, baleado com cinco tiros por dois homens em um motocicleta, no dia 23 de abril, em frente a um bar na Avenida Litorânea, em São Luís.
Segundo o depoimento de Jhonathan Silva prestado no dia 9 de junho, o deputado teria encomendado o assassinato do jornalista, e o capitão Fábio Aurélio Saraiva Silva, ex-subcomandante da PM-MA, teria intermediado o contrato do pistoleiro com o empresário José Raimundo Sales Charles Jr., o Júnior Bolinha, suspeito de ser um dos mandantes do crime.
O conteúdo do depoimento foi publicado no blog do jornalista Itevaldo Júnior, amigo de Décio Sá. A investigação do assassinato corre em sigilo, por determinação do Secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluízio Mendes, em função da ocorrência de três episódios de vazamento na internet de informações sobre o caso. Aluízio Mendes atribuiu o vazamento a advogados de defesa dos acusados.
Em entrevista coletiva na última quinta-feira, 21, Raimundo Cutrim negou participação no crime:
-Quem conhece o meu trabalho sabe por onde eu andei e que sempre procurei pautar o meu trabalho dentro da lei. Quero que a polícia investigue isso. Disponibilizo o meu sigilo telefônico e bancário, pois sou a pessoa mais interessada em esclarecer os fatos.
Na quarta-feira, dia 13 de junho, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão apresentou sete dos oito suspeitos da morte de Décio Sá. São eles: o empresário Gláucio Alencar Pontes Carvalho, 34 anos, seu pai, José de Alencar Miranda Carvalho, 72 anos, que seriam os mandantes do crime; o empresário José Raimundo Sales Charles Jr, 32 anos, e seus assessores Fábio Aurélio do Lago e Silva, 32 anos, e Airton Martins Monroe, 24 anos, que teriam agenciado o executor do crime Jonathan Sousa Silva, 24 anos. A arma usada no crime teria sido emprestada pelo subcomandante da Polícia Militar, Fábio Aurélio Saraiva Silva. Um dos envolvidos continua foragido.
*Com Agência Estado e Knight Center for Journmalism.