Os personagens negros merecem mais que efemérides

No dia que marca o centenário de morte do escritor e jornalista Lima Barreto, a Associação Brasileira de Imprensa exibe nesta terça-feira (01/11), às 10 horas, uma entrevista com o cineasta Luiz Antônio Pilar, a primeira de uma série de conversas gravadas em vídeo que a ABI preparou para o mês da Consciência Negra.

Na conversa com a ABI, o cineasta (que também é diretor e produtor teatral) detalha, em cerca de uma hora, o processo de produção e filmagem do longa metragem; lembra as dificuldades enfrentadas durante a pandemia e compara, com as devidas proporções, sua trajetória com a de Lima Barreto, autor de clássicos da literatura brasileira, como Triste fim de Policarpo Quaresma.

O jornalista Octávio Costa, presidente da ABI, fala da importância em render homenagens ao escritor e jornalista Lima Barreto:

– O talento de Lima Barreto sobreviveu a tudo e hoje ele está entre os grandes escritores de nosso país. Aos seus colegas jornalistas, deixou em “Recordações do Escrivão Isaías Caminha” um registro fiel e precioso da imprensa no início do século 20. Descreve mazelas das redações que persistem até hoje, como os baixos salários e os desmandos dos proprietários de jornais. Dizem que Edmundo Bittencourt, dono do “Correio da Manhã” (na ficção, o playboy Ricardo Loberant. dono de “O Globo”) ficou furioso com o relato de Lima. Mas, para nós, o livro é um documento genial e eterno – conta Octávio.

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