Entidades jornalíticas e de direitos humanos manifestaram repúdio pelo assassinato da jornalista mexicana Maria Elizabeth Macías, 39 anos, do jornal Primera Hora, cujo corpo foi encontrado decaptado no último sábado, 24, na cidade de Nuevo Laredo.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura(Uneco), a Anistia Internacional(AI), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos(CIDH), o Governo da França, e a ONG Repórteres Sem Fronteiras(RSF) exigiram que as autoridades mexicanas apurem os crimes contra jornalistas e implementem ações de combate à violência contra profissionais de imprensa.
Maria Elizabeth Macías vinha denunciando nas redes sociais as ações do crime organizado. No último dia 13, a polícia localizou, na mesma região, dois cadáveres, ainda não identificados, ao lado de um cartaz contendo ameaças a usuários de sites contra a violência.
-Os três homicídios parecem representar uma alarmante estratégia para intimidar os usuários das redes sociais, para que eles deixem de divulgar informações relacionadas à violência, disse a AI em comunicado.
A ONG Repórteres Sem Fronteiras afirmou que o número de 80 jornalistas assassinados na última década foi superado em 2011, com crimes cada vez mais abomináveis.
-Os criminosos se voltaram para os usuários das redes sociais que fazem denúncias anônimas. E isto nos preocupa muito, já que o anonimato não impediu que os bandidos localizassem os usuários, ressaltou Darío Ramírez, Diretor da ONG Artigo 19.
*Com Knight Center for Journalism.