15/08/2016
A Olimpíada trouxe para o Rio de Janeiro milhares de jornalistas estrangeiros. Eles montaram estúdios e redações. Com microfones, câmeras e lentes poderosas, 25 mil jornalistas de 105 países estão na cidade para registrar cada detalhe dos jogos.
A principal rede de TV americana, a NBC, montou um dos seus estúdios na areia, e trouxe Lester Holt, uma das estrelas do seu jornalismo, para apresentar o jornal noturno direto da Praia de Copacabana.
“Eu estou muito animado com relação aos Jogos porque é uma oportunidade de celebrar nossos países e contar boas histórias”, disse ele.
Jornalistas da TV japonesa NHK dizem que receberam orientação para ficar nas imediações do Parque Olímpico.
“Não tiveram a oportunidade de sair por questão de segurança”, explica Gabriela Yussa Amaral Morais, editora da NHK.
Mas a Olimpíada do Rio pode servir de exemplo para os jogos de Tóquio.
“O Rio está mostrando a Tóquio como é possível fazer os jogos sem se gastar tanto”, continua Gabriela.
Uma das maiores redes de TV do mundo, a britânica BBC, montou uma grande estrutura no Parque Olímpico.
Só a BBC trouxe jornalistas que mandam reportagens de TV, jornal, de rádio e internet em cinco idiomas. Tem repórteres que falam árabe, chinês, inglês, espanhol e português. Nesses 17 dias, tudo que acontece de importante no Rio é notícia para eles.
Paul Danahar, responsável pela seção de notícias, afirma que a estrutura oferecida no Rio é equivalente à de Olimpíadas anteriores.
“Antes de os jogos começarem, havia uma preocupação com problemas políticos e de segurança. Mas agora a cobertura está focada nos esportes. E todos nós estamos adorando isso”, disse Paul.
De previsões das mais pessimistas, com temor a violência, crime organizado, terrorismo e zika vírus, os Jogos Olímpicos Rio 2016 chegam neste domingo à última semana de provas com um saldo positivo, na avaliação de jornalistas e correspondentes internacionais acostumados à cobertura de grandes eventos. Para eles, apesar das falhas notadas na Vila Olímpica na chegada dos atletas e das dificuldades na locomoção para alguns locais de competição, o Brasil tem surpreendido na realização da primeira Olimpíada na América do Sul.
Em entrevista ao O Liberal, o jornalista Juca Kfouri, da ESPN e da Folha de S. Paulo, avaliou os Jogos do Rio por dois diferentes pontos de vista. “Se olharmos para o copo meio cheio, não tem o que criticar. Se olharmos para o copo meio vazio, vamos lembrar que um ônibus da imprensa foi alvejado não se sabe se por bala ou por pedra, da demora exagerada para entrar no Parque Olímpico, dá para achar defeitos. Mas no geral está melhor que a minha expectativa”, opina.