OEA repudia assassinato de jornalista no Rio


14/02/2012


A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), condenou nesta segunda-feira, 13, o assassinato do jornalista Mário Randolfo Marques Lopes e da companheira dele, Maria Aparecida Guimarães, ocorrido no último dia 9, em Barra do Piraí, região Sul Fluminense.
 
Mário Randolfo e a mulher teriam sido rendidos dentro de casa por três homens e, em seguida, levados até a localidade conhecida como Estrada das Rosas, no bairro Minuano, onde foram executados com um tiro à queima roupa no ouvido.
 
No comunicado, a Relatoria Especial pela Liberdade de Expressão da CIDH exige a investigação do caso para que seja possível “esclarecer o motivo do crime, identificar e sancionar adequadamente os responsáveis, além de compensar de maneira justa os familiares das vítimas”. O texto conclama as autoridades brasileiras a realizar “todos os esforços necessários com o fim de prevenir a repetição desse tipo de ocorrência”.
 
—O assassinato, seqüestro, a intimidação, ameaça aos comunicadores sociais e a destruição material dos meios de comunicação constituem violações aos direitos fundamentais das pessoas, como a liberdade de expressão, de acordo com a Declaração de Princípios sobre a Liberdade de Expressão da CIDH, diz a entidade.
 
Proprietário do jornal online Vassouras na Net, Mário Randolfo costumava publicar denúncias contra órgãos e autoridades públicas e políticos. Ele sofreu um atentado há quatro meses, quando foi  baleado na cabeça com cinco tiros disparados por um homem que invadiu a redação do site em Vassouras. Internado em estado grave no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Universitário de Vassouras, Mário Rondolfo conseguiu sobreviver, mas decidiu se mudar para Barra do Piraí, temendo novos ataques. 

A Associação Brasileira de Imprensa(ABI) divulgou nota exigindo a investigação do assassinato e alertou para o aumento de crimes contra profissionais da imprensa.

*Com Agência Brasil e Terra.