OAB celebra em Brasília o centenário da ABI


19/05/2008


                                                                                     Eugênio Novaes-OAB

Paulo Sabóia, Marcelo Lavénère, Maria Adélia Campello, Maurício Azêdo, Cezar Britto, Cléa Carpi da Rocha, Mário Sérgio Duarte Garcia, Ermano Uchoa Lima e Reginaldo de Castro

O centenário da ABI foi homenageado na tarde desta segunda-feira, dia 19, em sessão plenária do Conselho Federal da OAB, em Brasília. A mesa de honra reuniu os Presidentes da ABI, Maurício Azêdo; da OAB, Cezar Britto; e do Instituto dos Advogados do Brasil (IAB), Paulo Sabóia; os ex-Presidentes da Ordem Marcelo Lavénère, Mário Sérgio Duarte Garcia, Ernando Uchoa Lima e Reginaldo de Castro; a Secretária-geral da OAB, Cléa Carpi da Rocha; e a ex-Presidente do IAB Maria Adélia Campello.

A cerimônia contou ainda com a participação de Vladimir Rossi Lourenço, Vice-presidente do Conselho Federal da OAB; do Diretor Ophir Cavalcante Junior; de Marcio Thomaz Bastos e Roberto Busato, membros honorários vitalícios da Ordem; e Paulo Bonavides e Fábio Konder Comparato, medalhas Ruy Barbosa da OAB.

 Maurício Azêdo

O Presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, saudou a ABI e a OAB como instituições parceiras desde a década de 30, quando a Ordem foi fundada.
— Ambas partilharam lutas históricas que marcaram os últimos cem anos no País, sobretudo aquelas voltadas para o restabelecimento e o aprimoramento da democracia no Brasil após duas ditaduras — Estado Novo e regime militar de 64 —, e têm em comum a sede de justiça.

Maurício Azêdo, Presidente da Associação Brasileira de Imprensa, ressaltou que as campanhas travadas pelas duas entidades pelas Constituintes de 1945-46 e de 1986-87 ajudaram a restaurar a ordem democrática no País. Lembrou também, como símbolos de união das duas entidades, as lutas pela Anistia na segunda metade dos anos 70, pelas eleições diretas em 1983-84 e pelo impeachment de Fernando Collor de Mello. O pedido de abertura do processo contra Collor foi assinando por Barbosa Lima Sobrinho e por Marcelo Lavénère, então à frente da ABI e da OAB, respectivamente.

Sentimentos comuns

Destacado como orador da homenagem, Lavénère destacou “o conjunto de sentimentos e interesses comuns e amalgamados das duas entidades”:
— Nossas profissões têm em comum o amor à independência, a língua ferina, a incapacidade de aceitar injustiças e a determinação em não se quedar perante os poderosos.

Lavénère citou ainda a parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “que forma, ao lado da ABI e da OAB, um tripé em que se apoiou a sociedade civil”.

Ao fim da homenagem, Cezar Britto disse esperar que a parceria entre as duas instituições “perdure eternamente, pela sua importância à democracia e ao País”.