O repórter Pedroza num livro


25/06/2012


Em quase 300 páginas o livro está cheio de histórias incríveis, algumas de extremo perigo, por força da profissão, além de lições de vida, especialmente para idosos ou futuros idosos que buscam a feliz idade. Há também verdadeiras aulas para estudantes e jovens jornalistas. Uma trajetória de vida verdadeiramente diferenciada, a exemplo do livro, com bastidores inéditos do futebol, da profissão e do bairro de Copacabana, onde Pedroza vive há 70 anos.
 
Fundamental para este pernambucano de 84 anos de idade, 65 de profissão, dez Copas do Mundo, passagem por quase todos os principais órgãos de imprensa brasileiros, entre tvs, rádios e jornais, era ser repórter. Por várias vezes, recusou chefias e editorias. E tinha razão: reportagem é a alma do jornalismo. “Principalmente se você for investigativo”, afirma.
 
Pedroza fala muito mais sobre esse tema polêmico e conta por que antecipou o final da carreira na grande imprensa, onde chegou a trabalhar em quatro empresas ao mesmo tempo, numa época de grande número de jornais. E acumulando funções como as de correspondente internacional, de presidente da Acerj (Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro), por duas vezes, e do Comitê de Imprensa da CBF, extinto pelo presidente renunciante da entidade, Ricardo Teixeira.
 
No samba, Geraldo Vidal Pedroza também fez história como assessor de imprensa da Mangueira e diretor da Escola de Samba Vila Rica, da Ladeira dos Tabajaras, no Morro dos Cabritos, onde não há quem não goste dele e o respeite. E até o considere patrimônio,principalmente pelo incentivo às crianças com sorteio de bicicletas para as que tirassem as melhores notas na escola. Com certeza, Pedroza salvou muitas delas do próprio crime numa das regiões antes dominadas por traficantes, que o respeitavam e de quem também conta histórias.
 
Pedroza surpreende como poeta das mulheres e um “paizão” de dezenas de colegas que o consagram como um grande mestre, amigo de todas as horas e de grande coração. Coração que o fez chorar aos 83 anos de idade ao dar o nome ao Centro de Imprensa da Associação de Cronistas Esportivos do Estado do Rio. “Pedroza, O Repórter”, em última análise, se propõe a entrar na difícil lista dos best-sellers e da consagração internacional. Até porque é leitura para quem ama a vida e gosta de esporte.
 
Opiniões consagradoras, entre as muitas contidas no livro:
 
“Um dos mais importantes cronistas esportivos do país. Sinto orgulho de tê-lo como colega eamigo.” Luis Mendes
 
“Pedroza era sempre e acima de tudo um repórter. Empenhava-se com extremada preocupação em obter a notícia em primeira mão. E fazia questão de sempre registrar a importância do esporte na vida nacional.” Maurício Azêdo
 
“Descrevê-lo, impossível. Era diferente de todos os que se moviam por minha redação. Pedroza era uma equipe. Um repórter inigualável.” Teixeira Heizer
 
“Tinha paciência de chinês na busca da notícia, que sempre vinha. E de primeira, na maioria das vezes. Ficava de tocaia como uma cobra preparada para dar o bote. Um repórter extraordinário.” Washington Rodrigues
 
“A homenagem que a Acerj prestou a Pedroza, dando o seu nome ao nosso Centro de Imprensa, inaugurado recentemente, resume tudo o que se poderia dizer deste profissional que honrou a classe por mais de 60 anos.” Eraldo Leite
 
“Ele foi o Manto Sagrado da reportagem esportiva brasileira durante todo o seu tempo de trabalho. Seja no rádio, em jornal ou televisão.” Raul Quadros
 
Serviço:
Lançamento da Taba Cultural Editora
Dia: 2 de julho de 2012
Hora: 19h.
Local: Grill Copacabana – Rua Siqueira Campos, 16 (esquina com Avenida Atlântica)