O jornalista mineiro Petrônio Souza Gonçalves revela a poesia de Minas para o Brasil


Por Claudia Sanches

08/07/2015


PetrospO jornalista Petrônio Souza Gonçalves continua fazendo lançamento de seu livro “Um Facho de Sol como Cachecol” pelo Brasil afora. No dia 11 de agosto o escritor estará em João Pessoa, na Paraíba, onde fará palestra e divulgará a obra, e no dia 15, em São Tomé das Letras, em Minas Gerais.

“Um Facho de Sol como Cachecol” é composto por 231 poesias sem título, o que é uma inovação na forma de compor os versos pelo autor. Cada poema se inicia com a primeira frase em destaque, sendo o título de cada texto.

Na opinião de Luis Fernando Verissimo, “o autor é uma revelação na poesia, um elo entre o lírico, o irônico, o insólito e o confessional”.

Depois do livro de estreia com “Memórias da Casa Velha”, de contos, em 2004, e “Adormecendo os Girassóis”, de poemas, de 2007, Petrônio viaja, nesse novo trabalho, pela temática de um homem preso ao seu tempo e pelas paisagens mineiras que o cercam, que ele carinhosamente chama de “coisas do porão”.

O poema que abre o livro é dedicado ao grande amigo de Petrônio, o jornalista Sebastião Nery, em que o autor aborda temática do tempo, em que se lê: “O tempo é mesmo um deus cruel…/ Crava em nossa memória/ A espada enferrujada das horas./ No rosto,/ O traço roto dos anos sem pincel./ Semdemora,/ Minuto a minuto,/ Nos devora./ Nos mastiga com a força do pensamento/ E nos cospe na sarjeta da eternidade”. Na seção de máximas, encontramos uma sobre o amor: “O amor é como um poema,/ Tem vida longa,/ Em frases pequenas”.

Um faixo de sol_capa2Outras pérolas que também compõem o livro, como “O Para arrumar a casa”/ “É preciso afastar os móveis” ou “Eu sei,/ Depois esqueço./ Melhor a vida assim,/ Recomeço”. Todos os poemas foram escritos nos últimos cinco anos. O livro teve o apoio cultural da Ceninbra – Celulose, Nipo Brasileira. “Um Facho de Sol como Cachecol” tem o prefácio assinado pelo cronista e dramaturgo Alcione Araújo, grande amigo de Petrônio, falecido prematuramente. O livro traz ainda a capa assinada pelo cartunista Paulo Caruso, além de depoimentos de Fernando Morais. Quem aprecia bons poemas, como eu, vai se deliciar com  “Um facho de sol como cachecol”. Como diria Tristão de Athayde, aviso aos navegantes: tem poeta na praça. Dos grandes”. Artur Xexéo lembra a delicadeza na poesia de Petrônio:

— Nela, a primavera tem sabor, as borboletas nascem em plantações, as madrugadas são música”. É uma delicadeza mineira.

Segundo o acadêmico Zuenir Ventura, hâ na poesia do jornalista um tema recorrente que ele aborda com muita sensibilidade, que é o tempo, com sua passagem implacável e fugaz:

— É o tempo devorador de pessoas e coisas, capaz de cravar em nossa memória a espada enferrujada das horas, assim como pode manchar com sua ferrugem os paralelepípedos quebrados das ladeiras de Ouro Preto’. Ao contrário, porém, da fugacidade do tempo, os versos que ele inspira neste livro se destinam a resistir, a permanecer.

Para o escritor Alcione Araújo, “Petrônio fantasiou e coreografou nossas surradas palavras para dizer com “Um Facho de Sol como Cachecol”, de um jeito que jamais diríamos”. Petrônio mantém uma coluna semanal sobre política e cultura em mais de 40 jornais Brasil. Em 2005 ganhou o Prêmio Nacional de Literatura “Vivaldi Moreira”, da Academia Mineira de Letras, como segundo colocado.

Um Facho de Sol como Cachecol

Poesia

Editora Realejo Livros – Santos – SP

240 páginas

RS 30,00

Vendas:

http : //www.boaviagemdistribuidora.com. br/Sinopse.aspx?id-111534

Contato com o autor: 31 – 9239-2621

E-mail: petroniosouzagoncalves@gmail.com