Por Cláudia Souza*
14/04/2015
Eduardo Galeano estava internado em um hospital na capital uruguaia desde a última sexta-feira, dia 10, para tratamento de um câncer de pulmão, que enfrentava desde 2007.
Nascido em Montevidéu em 3 de setembro de 1940, Galeano iniciou a carreira de escritor aos 14 anos, quando já vendia charges políticas para jornais uruguaios entre os quais “El Sol”, vinculado ao Partido Socialista.
Ensaísta, historiador e ficcionista, Galeano publicou mais de 30 livros ao longo de sua trajetória, e recebeu inúmeros prêmios e homenagens, além do título de “Cidadão Ilustre do Mercosul” por sua defesa do continente latino-americano. Na obra “As veias abertas da América Latina”, o autor denunciou a opressão e amargura do continente.
Nos anos 1960, Galeano começou a atuar na imprensa de Montevidéu, tendo ocupado, entre outros cargos, o de chefe de Redação do semanário “Marcha”, e o de diretor do jornal “Época”.
Em comunicado oficial, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte de Galeano: “Hoje é um dia triste para todos nós, latino-americanos. Morreu Eduardo Galeano, um dos mais importantes escritores do nosso continente. É uma grande perda para todos que lutamos por uma América Latina mais inclusiva, justa e solidária com os nossos povos. Aos uruguaios, aos amigos e à nossa imensa família latino-americana, quero prestar minhas homenagens e lembrar que continuamos caminhando com os olhos no horizonte, na nossa utopia.”
*Com agências internacionais