Nos 117 anos do Botafogo jornalistas falam de sua paixão pelo Glorioso


20/09/2021


Por João Batista Abreu, Conselheiro da ABI

 

Hoje, 20/9, 19:30 hs, no canal da ABI ( bit.ly/3uZn84f), 117 anos de história

Existe algo mais simbólico do que um clube de futebol formado por adolescentes? Em agosto de 1904 um grupo de jovens cariocas reuniu-se num chalé de um casarão na Rua Humaitá, perto do Largo dos Leões, para concretizar uma paixão: fundar um clube de futebol amador. Nascia assim o Eletro Clube, liderado por Flávio Ramos, então com quinze anos. Em pouco tempo o Eletro cresceu e mudou de nome. Nascia o Botafogo Futebol Club. Em dezembro de 1942, veio a fusão com o Club de Regatas Botafogo.

Ser botafoguense tem lá suas idiossincrasias. Está pra nascer um que não tenha superstições. Muitos usam a mesma roupa quando o time vem de uma série de vitórias. Veem o jogo no mesmo lugar do estádio ou na mesma poltrona em casa. Se perder, a culpa é sempre de alguma coisa que ele deixou de fazer. No fundo todo alvinegro tem um pouco de Carlito Rocha, o sujeito que foi quase tudo no clube, de jogador a dirigente. Aquela imagem de Nossa Senhora da Conceição nos jardins da sede de General Severiano foi ele que mandou colocar. Marcha ré do ônibus dos jogadores, nem pensar. O certo era descer e esperar o motorista fazer a manobra. Mas qual seria a graça do futebol se não fosse assim.
Ficou famosa a frase do jornalista, pesquisador e crítico musical Lúcio Rangel. “Eu não gosto de futebol, gosto é do Botafogo”. O coleguinha Lúcio Rangel nasceu em 1914, quando o Botafogo tinha apenas dez anos de vida. Tomamos emprestado a frase dele para dar nome a este programa especial do ABI no Esporte.

Os convidados são a blogueira e jornalista esportiva Aline Bordalo e os jornalistas Roberto Falcão, Xico Teixeira e João Batista de Abreu. Todos torcem pelo Botafogo, mas por questões profissionais mantêm a distância entre o ofício e o afeto. Na mediação, Marcos Gomes, que torce pelo Flamengo. Tinha mesmo que ser assim. Afinal, depois do Botafogo, o Flamengo é o time que mais deu alegrias aos alvinegros nestes cento e dezessete anos de existência do Glorioso.