08/10/2021
Imagem Repórteres em Fronteiras
Por Jamil Chade, publicado no portal UOL
O prêmio Nobel da Paz de 2021 foi concedido aos jornalistas Maria Ressa (Filipinas) e Dmitry Andreyevich Muratov (Rússia) “pelo esforço para proteger a liberdade de expressão, o que é uma pré-condição para democracia”.
“Eles são representantes de todos os jornalistas que defendem este ideal em um mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas”, disse o Comitê do Nobel, que destinará 10 milhões de coroas suecas R$ 6,2 milhões) que serão divididas entre os vencedores.
A escolha é, portanto, uma resposta contra a desinformação e repressão contra a liberdade de expressão, estratégia que passou a ser usada de forma deliberada por líderes populistas e que, na avaliação dos organizadores do prêmio, ameaça a paz, as democracias e a estabilidade das sociedades.
PRESIDENTE DA FENAJ COMENTA NOBEL PARA JORNALISTAS
Para Maria José Braga, presidenta da FENAJ, “é uma conquista de dois profissionais, que deve ser celebrada por todos os jornalistas do mundo. É o reconhecimento da importância do Jornalismo para a constituição da cidadania e para a garantia da democracia, como forma de organização política que busca a resolução de conflitos por meio do diálogo e, portanto, que busca a paz”.
Ela ressalta que o premio reconhece “o papel social de ambos, em um momento importante da história, quando informações falsas e/ou fraudulentas circulam massivamente provocando retrocessos civilizatórios. O Nobel da Paz para dois jornalistas diz para o mundo que a informação jornalística é imprescindível e que os jornalistas merecem respeito e reconhecimento pelo que fazem.”