5 de novembro de 2024
Mulheres dominam jornalismo online na China
06/07/2011
Em visita à ABI na tarde desta terça-feira, 6 de julho, o Secretário-geral da Associação de Jornalistas da Província chinesa de Zhejiang, Chen Jian Hua, disse que as mulheres dominam o mercado de jornalismo online na China. Ele disse que nas redações dos veículos de mídia impressa o número de profissionais homens e mulheres na maioria dos casos é igual, mas que na internet jornalistas do sexo feminino predominam. “Inclusive as notas das mulheres nas provas para ingressar na faculdade são melhores (risos)”, afirmou o Chen Jin Hua.
Cheng chegou à ABI acompanhado da jornalista Huang Cai Jun, representante do grupo de mídia Qiang Jiang e membro da Associação dos Jornalistas de Zhejiang; Tyan Young, do Diário de Ninbo; Xang Zi Qiang, do Diário de Jia Xing; e Hang Zhou, do jornal legislativo de Zhejian. Eles foram recepcionados pelo Presidente da ABI, Maurício Azêdo, na Sala Belisário de Souza, localizada no 7º andar da sede da entidade, no Centro do Rio.
Indagado pelo Presidente Maurício Azêdo se na China também há a exigência do diploma de curso superior de Jornalismo para exercer a profissão, Chen Jin Hua disse que os casos dessa natureza são raros. Segundo ele, devido à grande oferta de mão de obra a exigência passou a ser a pós-graduação em mestrado e doutorado.
Os chineses fizeram perguntas ao Presidente Maurício Azêdo sobre o funcionamento do mercado de mídia no Brasil. Tyan Young quis saber quantos veículos de imprensa circulam atualmente no país. Maurício Azêdo respondeu que de acordo com dados da Associação Nacional de Jornais (ANJ) existem 150 jornais diários, além dos cerca de 4 mil diferentes formatos de periódicos semanais e revistas.
O Presidente da ABI aproveitou para informar aos jornalistas chineses que a Folha de S.Paulo é o jornal com maior circulação no Brasil, com 300 mil exemplares por edição. Maurício Azêdo acrescentou que mesmo sendo a líder do ranking de vendas, a Folha teve uma queda na circulação, que chegou a atingir 1 milhão de exemplares nos anos 70.
Tyan Young quis saber se no Brasil o jornalismo digital está causando danos ao jornalismo impresso. Maurício Azêdo respondeu que a internet hoje é uma fonte de informação especial, mas que não chega a causar danos à circulação dos impressos e à audiência da televisão: “O noticiário eletrônico (rádio e TV) tem alcance muito maior do que qualquer forma de jornalismo que use a Internet”, afirmou o Presidente da ABI.
Disse aos chineses que o noticiário produzido para a internet é uma atividade das grandes empresas jornalísticas, devido à capacidade que têm de contratação de profissionais para busca e tratamento da informação do ponto de vista de sua apresentação:
— Esse é um jornalismo típico dos principais centros do país, que se faz sem sacrifício do fato de que pessoas individualmente mantêm sistemas de informação através de blogs, Twitter e outras formas de manifestação que enriquecem esse universo de fornecimento de informações ao conjunto da sociedade, declarou Maurício Azêdo.
Ao final do encontro Cheng Jian Hua, falou sobre a Província de Zhejiang que, segundo ele, é uma das mais importantes da China, com uma população de 51,8 milhões de habitantes. Lá circulam cerca de 80 jornais, editados por empresas privadas. O mais importante é o Diário de Qian Jiang, do grupo Qian Jiang, cuja circulação é de 1 milhão de exemplares.
O Secretário-geral contou que a Associação dos Jornalistas de Zhejiang é uma entidade sem fins lucrativos que agrega 50 mil associados. Além da manutenção de uma página na internet, eles produzem uma revista que é distribuída para o quadro social e os demais integrantes da imprensa local, acrescentou Chen Jian Hua.
Chen Jian Hua quis saber se o Presidente da ABI conhecia a China. Maurício Azêdo lembrou que visitou o país quando exercia um mandato legislativo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e que foi o Vereador autor de um projeto que declarava Rio e Pequim cidades irmãs, num período em que não havia relações diplomáticas entre o Brasil e a China.
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