23/07/2008
A investigação do assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho foi concluída pelo Promotor Gaspar Pereira Silva Júnior, do Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco), de Campinas (SP).
Barbon foi morto em 5 de maio de 2007, no município de Porto Ferreira, interior paulista, em um bar próximo da rodoviária local. O relatório final incrimina cinco pessoas que estariam envolvidas no caso. De acordo com o documento quatro delas seriam policiais militares, o quinto acusado é um comerciante da região.
O relatório do promotor já foi encaminhado ao Fórum de Campinas. No caso de não haver contestação de nenhuma das partes, o documento será encaminhado à Justiça, que irá decidir se os acusados vão a júri popular. O advogado Ricardo Ramos, que representa a família de Barbon, e atua como assistente da acusação, deverá entregar sua peça na próxima quinta-feira (23). A decisão judicial deverá sair em 20 dias.
Assim que tomou conhecimento da morte de Barbon a ABI encaminhou um ofício ao Governador de São Paulo, José Serra, “intervenção para apuração rigorosa e eficaz” do assassinato do repórter, que colaborava com o Jornal do Porto e o JC Regional. O jornalista era conhecido pelas reportagens críticas que fazia denunciando improbidade de autoridades e de políticos.
De acordo com o Portal Imprensa, para o Ministério Público, Barbon teria sido morto por causa das denúncias que vinha fazendo sobre “a negligência dos policiais na fiscalização do comércio clandestino de cigarros contrabandeados”.