Morre o intelectual Candido Mendes um defensor da democracia no país


18/02/2022


 

Candido Mendes foi um intelectual que lutou pelos Direitos Humanos

Aos 93 anos, morreu, ontem, no Rio de embolia pulmonar o professor, sociólogo, advogado, escritor, ensaísta, imortal, reitor e acadêmico da Academia Brasileira de Letras, Candido Mendes de Almeida. O intelectual foi um defensor da democracia e, em 1964, após o golpe militar, ele se empenhou, ao lado da Igreja Católica, na defesa de presos políticos e perseguidos pelo regime. Ele intercedeu junto ao General Golbery para permitir que Darcy Ribeiro retornasse ao Brasil, durante a ditadura, para tratar de seu câncer. Era casado com a médica e pesquisadora Margareth Dalcomo. Seu corpo será cremado hoje.

Mendes que foi um defensor dos Direitos Humanos e da democracia era Bacharel em Direito (1950) e Filosofia (1951) pela PUC-Rio, e doutor em Direito pela UFRJ. Ele também atuou em diversas instituições como professor, chegando a ser reitor na Universidade Candido Mendes (Ucam). Na ABL, Candido Mendes foi o quinto ocupante da Cadeira nº 35, tendo sido eleito em 24 de agosto de 1989, na sucessão de Celso Cunha. O advogado tomou posse em 12 de setembro de 1990.Também foi presidente da Associação das Mantenedoras de Ensino Superior Privado no Rio de Janeiro, da Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior Privado e do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Superior Privado no Rio de Janeiro.

Obra

Entre as obras de sua auitoria estão “Nacionalismo e desenvolvimento” (!963), “O país da paciência” (2000), “Subcultura e mudança: por que me envergonho do meu país” (2010) e “A razão armada” (2012).

Além da Faculdade de Direito Candido Mendes, onde começou a dar aulas em 1962, o imortal da ABL atuou como professor na Puc-Rio, na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), que ele fiundou em 1969.

Candido Mendes teve também atuação acadêmica como professor visitante em importantes centros universitários do mundo, como Brown University, Princeton, Stanford, Columbia e Harvard. E, em 1969, assumiu o cacrfgo de subsecretário da CNBB, Também tornou-se membrop da Comissão Ponntifícia de Justiça e Paz do Secretariado Leigo dedicado ao tema da justiça no Sínodo Romano, e foi presidente da Pax Romana. Em 1968, foi um dos fundadores do PSDB, formado por dissidente do PN+MDB e se tornou membro do Conselho da Universidade das Nações Unidas, com sede em Tóquio, em 1989.

Candido Mendes teve quatro filhos de seu primeiro casamento com Maria de Lurdes Melo Coimbra Mendes de Almeida e deixa cinco netos.