10/06/2021
Publicado em o Globo
Um jornalista apaixonado por cultura que dedicou sua vida a dar visibilidade a novos talentos, sempre com um olhar diferenciado e moderno, aberto às mais variadas formas de arte. Mas o cinema era sua grande paixão e, como crítico, tornou-se uma das mais respeitadas vozes de sua geração sobre a sétima arte. Foi sob a sua tutela, que o famoso bonequinho do GLOBO ganhou expressão máxima. Se Eros o fazia dormir, nem valia a pena ver o filme. Se aplaudia de pé, as salas lotavam.
Atual diretor-geral de Jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel conheceu Eros logo que chegou ao GLOBO, em 1989. Ele começou no jornal ainda como estagiário:
— Eros sempre foi um grande profissional. Trabalhamos juntos quando editei o Segundo Caderno, em 1991, e o acompanhei de muito perto até vir para a TV, em 2001. Eros tinha um texto primoroso, um olhar aguçado para as novidades do mundo cultural. Era um colega que sabia ser doce, mas não abdicava das suas convicções. Como deve ser.