19/11/2021
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Norte
AM – Manaus – Praça da Polícia | 14h
AP – Macapá – Praça Veiga Cabral | 15h
PA – Belém – Mercado São Brás | 8h
RR – Boa Vista – Praça do Centro Cívico | 8h
Nordeste
AL – Maceió – Exibição Marighella Praça Largo de São Pedro | 18h30
AL – União dos Palmares – Serra da Barriga e Ato em União | 8h
BA – Feira de Santana – Caminhada Praça da Matriz | 9h
BA – Ilhéus – Praça do Malhado | 9h
BA – Itabuna – Jardim do O, Centro | 9h
BA – Paulo Afonso – Parque Balneário Abelardo Wanderley | 16h
BA – Prado – Mercado Municipal | 9h30
BA – Salvador – Campo Grande | 13h
BA – Senhor do Bonfim – Quilombo Tijuaçu-BR 407 | 13h30
CE – Fortaleza – Caminhada no Passeio Público | 8h
CE – Juazeiro do Norte – Praça do Giradouro | 16h
CE – São Benedito – Praça dos Índios | 8h
MA – Santa Inês | Praça da Matriz (em frente a Caixa Econômica) | 7h30
MA – São Luís – Praça do Viva Liberdade | 15h
PB – Campina Grande – Praça da Bandeira | 8h30
PB – João Pessoa – Lyceu Paraibano | 9h (caminhada até o Ponto de Cem Réis)
PE – Afogados da Ingazeira – Ato Unificado Sertão do Pajeú – Concentração STR | 7h30
PE – Recife – Pátio do Carmo | 14h
PI – Teresina – Parque da Cidadania | 16h
RN – Mossoró – Praça da Pax | 8h
RN – Natal – Midway | 15h
SE – Aracaju – Praça da Abolição (Bairro América/Nos fundos da Loja Havan) | 15h
Centro-Oeste
DF – Brasília – Museu Nacional | 15h
GO – Formosa – Praça Rui Barbosa | 16h
GO – Goiânia – Praça Universitária | 9h
GO – Rio Verde – Praça da Vila Promissão | 15h30
MS – Campo Grande – Praça Ary Coelho | 9h
MT – Cuiabá – Beco do Candeeiro | (Aguardando infos)
Sudeste
ES – Sapê do Norte – Região das Comunidades Quilombolas de Linharinho | 8h
ES – Venda Nova do Imigrante – Bate Papo Casa Da Maria Moreira (Bicuíba) | 17h
ES – Vitória – Ato na Quadra da Escola de Samba Independente de São Torquato | 10h
ES – Vitória – Praça de Gurigica | 15h
MG – Barbacena – Praça do Rosário | 15h
MG – Belo Horizonte – Praça da Liberdade | 15h
MG – Contagem – Praça Iria Diniz | 9h
MG – Divinópolis – Quarteirão fechado da Rua São Paulo | 8h30
MG – Governador Valadares – Praça Principal do Bairro Conquista | 8h
MG – Ipatinga – Em frente à escola Arthur Bernardes | 8h30
MG – Juiz de Fora – Praça da Estação | 10h
MG – Luz – Atos no Município | 13h
MG – Montes Claros – Praça Doutor Carlos | 8h
MG – Ouro Preto – Praça em frente ao Barroco | 9h30
MG – Pará de Minas – Praça da Matriz | 10h
MG – Pouso Alegre – Praça da Catedral | 10h
MG – Ribeirão das Neves – Curumim Urca | 10h
MG – Santos Dumont – Praça Cesário Alvim | 10h
MG – São João del Rei – Coreto | 15h30
MG – São Sebastião do Paraíso – Praça da Abadia | 10h
MG – Uberaba – Quadra de Esportes Uberaba I | 9h30
RJ – Angra dos Reis – Praça Zumbi dos Palmares | 9h
RJ – Nova Friburgo – Praça Dermeval Barbosa Moreira | 14h
RJ – Niterói – Praça Arariboia | 9h
RJ – Niterói – Viva Zumbi na Concha Acústica (Com coleta de alimentos ñ perecíveis) | 10h
RJ – Rio de Janeiro – Terreirão do Samba, Av. Presidente Vargas | 10h
RJ – Rio de Janeiro – Viaduto Negrão de Lima (Viaduto de Madureira) | 13h
RJ – Teresópolis – Calçada da Fama | 9h
SP – Barretos – Igreja Matriz | 9h
SP – Botucatu – Praça do Bosque | 13h
SP – Guarulhos – Praça do Stella | 8h30
SP – Ilhabela – Praça da Mangueira | 15h
SP – Itanhaém – Praça Narciso Andrade | 9h30
SP – Jacareí – Ato Praça Marielle Franco | 18h (Ato em 19/11)
SP – Jundiaí – Praça do Gabinete de Leitura Rui Barbosa | 9h
SP – Marília – Ilha da Galeria Atenas | 10h
SP – Mauá – Praça do Relógio, Próx. Estação CPTM | 10h
SP – Osasco – Largo de Osasco | 9h30
SP – Pindamonhangaba – Rua Antifascista, Travessa Rui Barbosa, 37 | 9h
SP – Praia Grande – Praça Helena Cardozo Bernardino (Pça P1 – Samambaia) | 14h30
SP – Ribeirão Preto – Comunidade Nazaré Paulista na ZN | 9h
SP – São Carlos – Mercadão | 9h
SP – São Paulo – MASP | 12h
SP – Socorro – Praça Santos Dumont | 14h
SP – Sorocaba – Caminhada Capela João de Camargo | (Aguardando infos)
Sul
PR – Barracão – Praça Clevelândia | 10h
PR – Curitiba – Largo da Ordem/Praça João Cândido | 15h
PR – Londrina – Calçadão, entre a Hugo Cabral e Pernambuco | 9h
PR – Ponta Grossa – Praça Barão de Guaraúna (AQUILOMBAR: Negritude Pelo Fora Bolsonaro) | 14h
RS – Pelotas – Altar da Pátria até Mercado Central | 9h30
RS – Porto Alegre – Largo Glênio Peres | 15h30
RS – Santa Maria – Praça Saldanha Marinha | 16h
SC – Blumenau – Praça do Teatro Carlos Gomes | 10h
SC – Criciúma – Parque Altair Guidi | 15h
SC – Chapecó Praça Central | 9h30
SC – Florianópolis – Praça da Alfândega | 9h
SC – Joinville – Parque da Cidade (setor Sambaqui) | 14 h
SC – Lages – Praça João Costa (Calçadão) | 9h
SC – Dionísio Cerqueira Praça Central | Praça Central, às 9hSC – Blumenau – Praça do Teatro Carlos Gomes | 10h
SC – Criciúma – Parque Altair Guidi | 15h
SC – Chapecó Praça Central | 9h30
SC – Florianópolis – Praça da Alfândega | 9h
SC – Joinville – Parque da Cidade (setor Sambaqui) | 14 h
SC – Lages – Praça João Costa (Calçadão) | 9h
SC – Dionísio Cerqueira – Praça Central | Praça Central, às 9h
SC – São Miguel do Oeste – Praça Walnir Bottaro Daniel | 14h
No Exterior
Alemanha – Berlim – Pariser Platz | 12h até 13h40 (horário local)
Bélgica – Bruxelas – LAMAB Rue de l’Association 14 – 1000 | 15h às 16h (horário local)
Espanha – Madrid – Saída da Maloka, calle salitre 36 | 17h (Ato em 21/11 – horário local)
EUA – Nova York – The People’s Forum | 13h (horário local)
EUA – Nova York – Times Square | 16h (horário local)
França – Paris – 3 Place de Grès PCF 20ème | 18h às 22h
Holanda – Amsterdã – Nieuwmarkt (Metrô M51, M53, M54) | 15h
Itália – Roma – Piazza della Repubblica | 17h (horário local)
Itália – Roma – Via Monte Testaccio 22 | 20h (horário local)
Portugal – Lisboa – Biblioteca da Casa do Alentejo (R. das Portas de Santo Antão, 72) | 15h (horário local)
Portugal – Lisboa – Praça do Município | 16h30 (horário local)
Portugal – Lisboa – Largo Camões | 17h (horário local)
Portugal – Porto – Centro Português de Fotografia | 15h (horário local)
Suíça – Genebra – Quai Wilson, 1201 en face du Palais Wilson, cotê lac | 11h às 13h (horário local)
Publicado no portal da CUT.
Entidades que integram a Campanha Nacional Fora Bolsonaro unificaram as pautas e organizam atos contra o governo em todo o país. População negra é a que mais sofre com a política nefasta do atual governo.
As mobilizações pelo #ForaBolsonaro que ocorrerão em todo o país em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, serão contra o racismo estrutural no Brasil e também pelas pautas urgentes da classe trabalhadora, como geração de emprego decente, pelo fim da fome e da miséria e contra a política econômica do governo de Jair Bolsonaro.
Os atos já estão sendo organizados em várias cidades do país – capitais e interior dos estados. Em São Paulo, por exemplo, será realizada a já tradicional marcha da Consciência Negra com a palavra de ordem #ForaBolsonaroRacista.
A unificação das lutas contra o racismo e pelo #ForaBolsonaro, que inclui a pauta dos trabalhadores, foi consenso entre as entidades que integram a Campanha Nacional Fora Bolsonaro e as que organizam, já há alguns anos os atos de 20 de novembro. A orientação é para que os atos sejam construídos em conjunto com organizações como a Coalizão Negra por Direitos e a Convergência Negra.
“O racismo estrutura as relações de desigualdade no Brasil e a população negra é vítima preferencial do caos social e sanitário brasileiro, sendo a que mais sofre com as doenças, o desemprego, violência e a fome”, diz trecho da convocação para o dia 20.
Para Anatalina Lourenço, secretária de Combate ao Racismo da CUT, a unificação das lutas contra o racismo e contra o governo de Bolsonaro reforça a denúncia sobre a característica racista do atual governo que vem promovendo um enorme retrocesso no que se refere aos direitos da população negra brasileira.
Relatório elaborado pela Coalização Solidariedade Brasil, rede que agrega 18 entidades internacionais, avaliou que nos primeiros dois anos de governo Bolsonaro houve retrocesso significativo no que se refere a direitos humanos e desigualdade no país.
Dados do relatório mostram por exemplo, um aumento de 6% nas mortes pela polícia no primeiro semestre do ano passado. Constata ainda que jovens negros de favelas são os alvos preferenciais desta violência. Em 2019, primeiro ano de Bolsonaro no governo, 79,1% dos mortos pela polícia foram negros.
“Se tem algo que nos mobiliza pelo ‘Fora, Bolsonaro’ é o comportamento racista desse governo”, concorda Secretária-Geral da CUT, Carmen Foro, que considera acertada a decisão de unificar as lutas. “A população negra tem sido a mais afetada – a que mais sofre – com a política nefasta de Bolsonaro”, acrescenta.
E, para além do enfretamento ao atual governo, Carmen destaca ainda que a constante luta contra o racismo deve ser reforçada. “A classe trabalhadora tem gênero, tem raça, tem cor e os negros fazem parte dela. É de extrema importância lutarmos por respeito”, diz.
“São os negros e as negras que mais figuram entre os desempregados no país, porque além de serem mais vulneráveis às crises, são os que mais sofrem com o preconceito”, diz Carmen Foro se referindo ao fato de que o mercado de trabalho segrega esta população.
No recorte de raça e cor da pele, os dados do segundo trimestre deste ano levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (Pnad-Contínua), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprovam que o desemprego afeta mais a população negra. A taxa de desemprego entre a população negra foi de 16,23%, enquanto a taxa para os brancos foi de 11,65%.
Se somados todos os desempregados (negros e não-negros) no segundo trimestre de 2021, os negros eram 63,91% dos trabalhadores.
“A população negra, que já tem os piores salários e trabalhos mais precários é a primeira a perder o emprego. Vivemos um momento em que o racismo se exacerbou com esse governo genocida”, reforça Carmen Foro.
Ela diz ainda que desde o golpe, e principalmente ao longo do governo Bolsonario, todas as políticas de redução das desigualdades no mercado de trabalho que procuravam reduzir essas desigualdades foram extintas ou esvaziadas.
Vítimas da falta de recursos em serviços públicos essenciais como saúde e educação a população negra também foi a mais impactada pela pandemia do novo coronavírus no que diz respeito ao número de mortes.
De acordo com reportagem publicada pelo Brasil de Fato, morrem mais negros do que brancos em decorrência da Covid-19.
Um levantamento do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde, grupo da PUC-Rio, mostrou que, enquanto 55% de negros morreram pela doença, a proporção entre brancos foi de 38%.
Em outra pesquisa, o Instituto Polis mostrou que a taxa de óbitos por Covid-19 entre negros na capital paulista foi de 172 para cada 100 mil habitantes, enquanto para brancos foi de 115 óbitos para cada 100 mil habitantes.
O Relatório elaborado pela Coalização Solidariedade Brasil revela ainda que as ações de violência que também aumentaram durante o governo de Bolsonaro envolvem o machismo, outra característica do atual governo. Em 2019, 66,6% das vítimas de feminicídio eram negras. Em 2020, o total de casos de violência contra a mulher aumento 1,9%.
Outro dado do relatório diz respeito à fome no Brasil. Ainda antes da pandemia, 74% das pessoas em situação de insegurança alimentar eram negras. Desse total, 52% eram mulheres.
Veio a pandemia e a incompetência do governo de Bolsonaro, ao mesmo tempo em que não garantiu a sobrevivência de milhões de brasileiros com ações como manter o auxílio emergencial em, no mínimo R$ 600, causou aumento do desemprego, elevação de preços e a volta da inflação que impactam mais na população mais pobre – faixa em que 75% é de negros e negras.
Ainda que todos os dados escacarem o racismo no Brasil, a conduta de Bolsonaro ainda é de minimizar qualquer discriminação ou violência sofrida pela população negra. Ignorando por completo a realidade dos negros e negras (ou apenas sendo, de fato, racista), em 2020, após a morte de José Alberto Silveira Freitas, negro, espancado por seguranças do Carrefour em Porto Alegre, Bolsonaro foi a público declarar que há grupos que semeiam a discórdia.
“Aqueles que instigam o povo à discórdia, fabricando e provocando conflitos atentam contra a nação e contra a nossa própria história […] há quem queira destruir a essência do povo colocar em seu lugar o conflito, o ressentimento, o ódio e a divisão entre raças, sempre mascarados de luta por igualdade ou justiça social”, disse o presidente.
“Se Bolsonaro lesse as pesquisas que o próprio IBGE faz, seria um pouco mais informado sobre qual é a realidade social do país”, diz Anatalina. Ela reforça que o dia 20 será mais um marco na luta contra o pior governo que o Brasil já teve.