30/07/2021
Por Lúcio Mesquita
Para a edição virtual deste ano do Mídia.JOR, saímos em busca do jovem perdido. Não que o jovem de hoje esteja desnorteado e sem rumo – a premissa de nossa busca era de que é o jornalismo que está perdido em relação ao jovem. E foi exatamente o que encontramos.
Nessa busca, conversamos em lives, ancoradas pelo diretor de jornalismo da TV Cultura, Leão Serva, envolvendo editores e executivos de mídia tarimbados, como a Andiara Petterle, vice-presidente no Grupo RBS de Porto Alegre, o Américo Martins, ex-BBC e um dos responsáveis pelo lançamento da CNN Brasil, e o André Luiz Costa, hoje dirigindo o braço digital do Grupo Bandeirantes.
Também buscamos ouvir com atenção aqueles que estão fazendo sua parte na tentativa de melhor informar o público jovem, geralmente através de novos produtos digitais, como Semayat Oliveira, uma das fundadoras do Nós, Mulheres da Periferia, a repórter do UOL, Ananda Portela, o jornalista especializado em questões LGBTQ+, Caê Vasconcelos, e Roberta Camargo, jornalista e apresentadora do Canal Reload.
Na realidade, o Canal Reload – uma parceria inédita de 10 sites de informação brasileiros criada especificamente para produzir informação com credibilidade em formatos e estilos relevantes ao público mais jovem, foi foco exclusivo de uma live realizada em parceria com a Unibes Cultural incluindo a coordenadora do canal, Natalia Viana, e seu diretor de vídeos, Hugo Cuccurullo.
Em parceria com a TV Cultura e o Instituto de Pesquisa IDEIA também trouxemos uma pesquisa exclusiva sobre os hábitos de consumo de informação no Brasil. O resultado reforça as preocupações com o consumo e partilha de informações falsas ou errôneas pelas redes sociais, mas a pesquisa também deixa bem claro que o jovem brasileiro tem um enorme apetite por informação e notícia (apesar de nem sempre distinguir entre jornalismo, opinião e entretenimento).
Para completar, produzimos uma revista multimídia no Portal IMPRENSA que contou com contribuições que vão desde a executiva da BBC dedicada ao jornalismo para o público mais jovem, Debbie Ramsay, à ‘bola da vez’ dos podcasts explicados por Clara Rellstab da Rádio Novelo, e conceitos inovadores sendo desenvolvidos fora do eixo Rio-São Paulo, como a Cajueira, um newsletter criado para melhor servir não apenas o público nordestino, mas os brasileiros em geral (e a imprensa) acostumados com estereótipos e mal informados sobre o Nordeste.
Do que aprendemos nesta jornada, resumimos aqui sete ações essenciais que empresas de comunicação e redações devem implementar se quiserem garantir seu futuro à medida que a audiência tradicional envelhece e os hábitos de consumo mudam.
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