Melhores momentos do esporte


08/11/2007


José Reinaldo Marques
09/11/2007

Há 26 anos no fotojornalismo, o carioca Fernando Maia estreou no Jornal Bom Dia, semanário que circula na Barra da Tijuca, e em maio de 1986 ingressou no Globo, onde está até hoje e já colaborou em todas as editorias:
— Gostei de fazer política e adorei cobrir Copa do Mundo e o Pan.

O editor de Esportes Toninho Nascimento elogia:
— Uma de suas maiores qualidades é o trabalho em equipe, seu entrosamento com os colegas. Hoje, Fernando é um dos mais completos repórteres-fotográficos de esportes do Brasil. E continua humilde, em busca de novos desafios.

O resultado do foco de Fernando nos eventos esportivos está na mostra “PANorâmicas”, em cartaz no Centro Cultural da Justiça Federal (Avenida Rio Branco, 241 — Centro do Rio) até 19 de dezembro. A exposição é “um balanço visual das conquistas dos nossos atletas no Pan 2007, um apanhado dos grandes momentos dos Jogos”:
— Procurei reunir o máximo de fotos plasticamente bonitas, com personagens que marcaram as vitórias brasileiras no torneio. É minha primeira individual.

Dinâmica

Formado em Jornalismo pela Universidade Gama Filho, Fernando Maia diz que antes mesmo de entrar na faculdade já era muito ligado em fotografia:
— Meu trabalho é todo voltado para o jornalismo, cuja dinâmica é fascinante. A notícia aparece quando você menos espera. Desde que ingressei na carreira, procuro mostrar o dia-dia da nossa história como um todo. Seja com assuntos políticos, sociais, esportivos ou culturais, o que importa é levar ao público a informação mais correta dos fatos que acontecem na nossa sociedade.

Com muitas coberturas importantes, como as campanhas e a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, as visitas do Papa João Paulo II ao Brasil e a Copa da Alemanha, Fernando também viajou a várias regiões do País acompanhando o movimento dos sem-terra:
— Queria conhecer o cotidiano dessa gente, a sua luta para fixar residência e garantir a subsistência. Mas o que verifiquei é que o MST acabou descambando para a atividade política, o que mostro em minhas fotos. Acompanhar os movimentos sociais e eventos como a Caravana da Cidadania e o corpo-a-corpo dos políticos em busca de votos me dá muita satisfação. E são experiências que rendem boas imagens de personagens endeusados — e outros nem tanto.

Modesto, Fernando diz que, devagar, tem conseguido alcançar algumas metas profissionais. O próximo passo é o lançamento de um livro, projeto que começou a ganhar forma a partir da exposição no Centro Cultural da Justiça Federal:
— O primeiro sonho, que era fazer uma individual, eu acabo de realizar. Quanto ao livro, penso num grande ensaio fotográfico, mas ainda não sei se o tema será novamente o esporte. 


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