26/05/2021
Por Judite Cypreste, do Metropoles
Nesta terça-feira (25/5), Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”, reafirmou na CPI da Covid, a exemplo do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que a plataforma TrateCov foi invadida antes de seu lançamento. A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, do Ministério da Saúde, foi questionada sobre quem seria o autor da invasão.
Então, citou o nome do especialista em jornalismo de dados Rodrigo Menegat. Entretanto, o que o profissional fez não é crime nem foi “extração indevida de dados”, como apontou Pinheiro. A médica ainda tentou destacar que não estava acusando ninguém de ser hacker, mas a “extração indevida de dados” é um tipo de hackeamento.
Lançado em janeiro deste ano com a proposta de ajudar médicos a diagnosticar pacientes com sinais de Covid-19, o aplicativo sugeria medicamentos sem comprovação científica contra o coronavírus, como a hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina.
Menegat, na ocasião, analisou o código-fonte do aplicativo e demonstrou que, em qualquer hipótese de quadro clínico, a receita de remédios não eficazes contra a Covid era a mesma.
O jornalista utilizou o recurso de inspeção de sites, comum em navegadores da internet, que possibilita ao usuário visualizar os códigos compartilhados pelos servidores para exibir páginas na web. Para isso, basta que qualquer usuário clique com o botão direito do mouse em algum lugar de uma página e vá em “Inspecionar” ou “Inspecionar o elemento”.
Ele também pode ser acessado digitando a tecla F12 do teclado ou as teclas Crtl + U no Google Chrome.