Por Cláudia Souza*
12/09/2013
Em sua terceira audiência, realizada nesta quinta-feira, 12, a CPI dos Ônibus foi alvo de manifestações dentro e fora da Câmara. Três mulheres, usando paletó e gravata, prenderam uma faixa na mureta da tribuna com a frase: “Nos aguardem”. Outro manifestante tentou jogar um tênis em direção ao plenário, mas foi impedido por seguranças da Casa, que o retiraram da tribuna. Em protesto, os outros quatro manifestantes também deixaram o local.
Outro grupo de cinco manifestantes lançou baratas de plástico em direção ao plenário durante o depoimento do secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório. Ele admitiu que o município adotou como referencial um estudo contratado pelos próprios empresários de ônibus junto à FGV Projetos para definir o aumento das passagens de R$ 2,50 para R$ 2,75, a partir de 1º de janeiro de 2012.
Osório afirmou, contudo, que o valor final foi acordado após análise realizada pelos técnicos da prefeitura nas planilhas das empresas. Anteriormente, a secretaria e o Sindicato das Empresas de Ônibus (Rio Ônibus) negaram o uso do estudo.
O subsecretário de Transportes, Alexandre Sansão, que comandava a pasta quando foi feita a licitação, em 2010, prestou depoimento, em seguida.
Do lado de fora da Câmara os protestos prosseguiram. Os túmulos simbólicos que representam os membros da CPI dos Ônibus permanecem no local desde a última segunda-feira, 9, quando os manifestantes que estão acampados há um mês em frente à Câmara simularam lápides com os nomes do governador Sérgio Cabral, do prefeito Eduardo Paes, do presidente da CPI do Ônibus, vereador Chiquinho Brazão (PMDB), entre outros políticos, e realizaram o enterro simbólico da CPI do Ônibus, em protesto contra a comissão formada apenas por vereadores da base aliada.
*Com informações do jornal O Globo.