5 de novembro de 2024
Manifestantes ainda ocupam a Câmara Municipal do Rio
Por Cláudia Souza*
12/08/2013
Palácio Pedro Ernesto permanece ocupado (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
Funcionários da Câmara Municipal do Rio foram impedidos de entrar na Casa, nesta segunda-feira, dia 12. O portão lateral foi aberto apenas para vereadores. A decisão foi tomada pelo presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), em função da ocupação do local desde a noite da última quinta-feira, dia 8, quando 200 pessoas invadiram o prédio.
O presidente da Câmara, Jorge Felippe, que esteve no sábado, dia 10, com os manifestantes, disse que não usará de violência para retirá-los, mas admitiu que é muito difícil haver qualquer troca dos membros que vão participar da CPI dos Ônibus.
Na madrugada de domingo, dia 11, um grupo de 40 ativistas deixou o local. Contudo, nesta segunda-feira, 14 pessoas ainda ocupavam o plenário. Eles exigem a renúncia do vereador Chiquinho Brazão(PMDB) para a presidência da CPI dos Ônibus e do vereador Professor Uoston (PMDB) para relator.
Para decidir os rumos da CPI dos Ônibus, os parlamentares se reuniram na tarde desta segunda, 12, sem a presença de jornalistas, e decidiram cancelar a primeira reunião de trabalho da CPI dos Ônibus, marcada para esta terça-feira, dia 13. O legislativo ainda não sabe como organizar a sessão desta terça-feira, pois o plenário permanece ocupado por manifestantes.
Do lado de fora do Palácio Pedro Ernesto, dezenas de pessoas apoiam o protesto, que se intensificou com a chegada de 150 manifestantes, por volta das 18h50m. Eles seguiram em passeata a partir da Candelária, e se deslocaram por ruas do Centro do Rio. A Avenida Rio Branco ficou interditada por mais de uma hora. A pista lateral da Avenida Presidente Vargas também chegou a ser bloqueada para os carros. A Polícia Militar acompanhou a movimentação.
Esclarecimentos
O promotor de Justiça Flávio Bonazza, da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Capital, enviou ofício a Jorge Felippe pedindo esclarecimentos sobre a votação dos integrantes da CPI. O promotor de Justiça, que esteve na Câmara, contou que os portões estavam fechados, o que impediu a entrada dos cidadãos que foram ao Palácio Pedro Ernesto com o objetivo de acompanhar a votação para formar a CPI. Bonazza questiona o porquê de a reunião ter ocorrido a “portões fechados”, apesar de a Câmara Municipal divulgar a data da reunião em seu site na internet e publicar um edital de convocação no Diário Oficial.
*Com informações do jornal O Globo
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