10/10/2016
No último sábado (8/10), a Mediaworks, dona do maior jornal da Hungria, o opositor Népszabadság, informou que o veículo será fechado temporariamente. Segundo a empresa, o veículo gerou perdas de 16 milhões de euros nos últimos anos e a tiragem foi reduzida em 74% (em 100 mil exemplares).
De acordo com a EFE, os jornalistas relataram não ter mais acesso ao e-mail corporativo e que também não puderam entrar na sede da publicação. “Estimados seguidores, a redação de Népszabadság se inteirou junto à opinião pública de que o jornal foi fechado. Nosso primeiro pensamento é que isto é um golpe”, escreveram os profissionais em uma página no Facebook.
Diversos veículos húngaros manifestaram solidariedade com os funcionários do jornal, que entre 1956 e 1990, foi a publicação oficial do regime comunista. Além disso, mais de duas mil pessoas se reuniram em frente à sede do parlamento húngaro, na praça Kossuth de Budapeste, para expressar apoio.
Personalidades, como o filósofo Gáspár Miklós Tamás e o presidente do grupo de Socialistas e Democratas do parlamento Europeu (PE), Gianni Pittella, criticaram o fechamento doNépszabadság. “Exigimos que as autoridades húngaras iniciem todas as medidas possíveis para assegurar a reabertura do Népszabadság e a volta de todos os jornalistas ao trabalho”, disse Pittella.